O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para esta terça-feira, 6, a retomada do julgamento sobre a criminalização do porte de drogas para consumo pessoal. Diante desse cenário, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reafirmou sua oposição à descriminalização do uso de drogas.
Na sexta-feira, 1º, a CNBB divulgou um vídeo no qual seu secretário-geral e bispo auxiliar de Brasília (DF), Dom Ricardo Hoepers, reiterou tal posicionamento, expresso em nota e vídeo publicados em 26 de agosto de 2015. Mais recentemente, em 23 de agosto do ano passado, a CNBB também reiterou sua posição sobre o assunto.
No vídeo, a CNBB exorta o Estado e o povo brasileiro a abordarem o tema com lucidez. “O uso indevido de drogas tem sérias consequências para a estrutura familiar e social, contribuindo para inúmeras doenças físicas e mentais e afastando indivíduos da vida social”, afirma Dom Ricardo.
O bispo faz referência à visão do Papa Francisco sobre a questão, destacando que “a droga não é combatida com mais drogas” e que “a droga é um mal que não pode ser tolerado ou negociado”. Ele ressalta que a dependência de drogas, particularmente entre os jovens, está ligada à violência social e causa alterações de consciência e comportamento nos usuários, além de ser associada à maioria dos crimes violentos.
Dom Ricardo argumenta que a não punição pelo porte de drogas, mesmo para uso pessoal, poderá agravar o problema da dependência química. Ele enfatiza a posição da CNBB de que a vida, em todas as suas formas, deve ser protegida e conclui convocando o Estado e a população brasileira a abordarem esse tema com seriedade e responsabilidade.
