O secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, destacou a importância das tradições que combinam fé e cultura para o presente após participar da procissão da Madonna “fiumarola” no domingo, 28, no rio Tibre, em Roma.
Na chegada ao clube de remo Lácio, os “fiumaroli” romanos revelaram a imagem de Nossa Senhora, que foi abençoada por Parolin e, em seguida, levada por membros da Arquiconfraria de Maria Ss. do Carmo em Trastevere até um barco.
A procissão fluvial navegou lentamente do Lungotevere Flaminio até a Ponte Garibaldi, na entrada do bairro Trastevere, e continuou pelas ruas do bairro até a Igreja de Santa Maria em Trastevere.
A festa, dedicada a Nossa Senhora do Carmo, tem suas origens em 1535, quando pescadores encontraram a imagem entalhada em madeira de cedro às margens do rio Tibre. Considerada milagrosa, a imagem foi confiada aos Carmelitas da Igreja de San Crisogono e, desde então, é celebrada em julho como protetora do bairro.
O cardeal enfatizou a importância de manter as raízes culturais e históricas, afirmando que “as raízes do presente devem fundar-se também no passado, nas coisas belas e boas do passado” e expressou seu desejo de que as tradições ajudem a viver bem no presente.
Durante a celebração, Parolin também abordou questões de diplomacia internacional e o papel do Vaticano na busca pela paz. Comentou sobre a situação na Ucrânia e em Gaza, mencionando a importância da confiança recíproca para negociações e pediu orações para que as partes envolvidas nas guerras possam encontrar a capacidade de dialogar