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quinta-feira, 28 novembro, 2024
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África Subsaariana: O terror extremo ameaça a fé cristã

Por Marina B.

A violência na África Subsaariana atinge níveis alarmantes com o aumento da presença de grupos jihadistas em vários países. O Boko Haram, o Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP), as Forças Democráticas Aliadas (ADF) e o Al-Shabaab propagam uma versão radical do islamismo por meio de atos violentos. Além disso, extremistas do povo fulani, “bandidos” e gangues criminosas armadas também contribuem significativamente para essa onda de violência.

Os impactos são devastadores, com mais de 36 milhões de deslocados internos em todo o continente. As dez maiores crises de deslocamento do mundo estão na África, destacando a gravidade do problema e a insuficiência da resposta global. Segundo o Índice de Terrorismo Global de 2023, os grupos terroristas mais letais em 2022 foram o Estado Islâmico e seus afiliados, Al-Shabaab, o Exército de Libertação do Baluquistão (BLA) e o Jama’at Nasr al-Islam wal Muslimin (JNIM). Todos esses, exceto o BLA, estão ativos na África Subsaariana. O Estado Islâmico possui alianças em todo o continente, tornando a sobrevivência extremamente difícil.

Durante o período de pesquisa da Lista Mundial da Perseguição (LMP) de 2024 (de 1º de outubro de 2022 a 30 de setembro de 2023), na África Subsaariana:

  • 1.815 cristãos foram vítimas de violência sexual ou casamentos forçados;
  • 3.623 cristãos foram sequestrados, com 3.300 apenas na Nigéria;
  • 4.602 cristãos foram mortos, representando 92% do total global (nove em cada dez mortes ocorreram na Nigéria);
  • 12.880 casas ou propriedades de cristãos foram atacadas;
  • 17.498 cristãos foram vítimas de abuso físico ou psicológico;
  • 112.700 pessoas foram deslocadas na região.

Nos países de maioria islâmica, os cristãos enfrentam pressão e violência de familiares, comunidades e autoridades governamentais ao deixarem a fé ancestral para seguir a Jesus. Em algumas sociedades, os cristãos são respeitados, desde que não compartilhem sua fé com muçulmanos ou seguidores do animismo. No entanto, muitos vivem como cidadãos de segunda classe, marginalizados e sem direitos básicos, conforme relata Portas Abertas. Embora a violência afete outras pessoas, os cristãos são frequentemente alvos devido à sua fé. Grupos como Boko Haram, ISWAP e Al-Shabaab manifestam explicitamente ódio aos cristãos, com graves consequências para a igreja. Mesmo grupos que não declaram explicitamente seu desejo de eliminar a presença cristã fazem dos seguidores de Jesus alvos desproporcionais.

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