A transição entre o Antigo e o Novo Testamento não foi marcada por um evento singular, mas aconteceu gradualmente ao longo do tempo, refletindo a evolução da revelação divina e a trajetória do povo de Deus.
O Antigo Testamento foi formado ao longo de muitos séculos, começando com tradições orais transmitidas pelos antigos hebreus e posteriormente sendo registradas e compiladas por escrito. Ao longo de um extenso período de tempo, esses livros foram gradualmente reconhecidos como canônicos, ou seja, inspirados por Deus.
O Novo Testamento teve seu início no primeiro século d.C., após a ascensão de Jesus Cristo e o derramamento do Espírito Santo no Pentecostes. Durante os estágios iniciais da igreja primitiva, os Evangelhos, Atos dos Apóstolos e algumas cartas apostólicas foram escritos. Ao longo do tempo, os cristãos reconheceram a inspiração divina desses textos e os aceitaram como autoridade para sua fé e prática.
A distinção formal entre o Antigo e o Novo Testamento como duas seções separadas da Bíblia ocorreu mais tarde na história da igreja, como parte do processo de organização e canonização das Escrituras. Essa separação foi uma maneira de diferenciar entre as revelações e alianças divinas antes e depois da vinda de Jesus Cristo. O Novo Testamento foi oficialmente reconhecido como parte das Escrituras cristãs no Concílio de Cartago em 397 d.C., estabelecendo sua autoridade e posição na Bíblia como a última revelação de Deus aos seres humanos.
