Cerca de 245 mil sobreviventes do Holocausto, quase 80 anos após o término da Segunda Guerra Mundial, estão distribuídos por mais de 90 países, revela um estudo recente, o mais amplo até o momento. A organização Claims Conference divulgou que quase metade desses sobreviventes (49%) reside em Israel, totalizando 119.300 pessoas. Outros 18% vivem em países da Europa Ocidental, como França e Alemanha, enquanto 16% estão nos Estados Unidos. Na América do Sul e Caribe, aproximadamente 700 sobreviventes persistem, sendo 300 no Brasil e 200 na Argentina.
Apesar de o número ser significativo, a idade avançada dos sobreviventes, com uma média de 86 anos e 20% deles com mais de 90 anos, indica uma diminuição constante. A maioria (96%) são “crianças sobreviventes” que nasceram após 1928. O estudo destaca que a atual população de sobreviventes era composta em sua maioria por crianças durante a perseguição nazista, enfrentando campos, guetos, fugas e vidas clandestinas.
A Claims Conference, fundada em 1951 para buscar indenizações por danos aos sobreviventes do Holocausto, destaca a estabilidade da democracia alemã, onde vivem atualmente 14.200 sobreviventes. A Alemanha pagou mais de 90 bilhões de dólares como parte do Tratado do Luxemburgo, assumindo responsabilidade pelas atrocidades nazistas.
O estudo destaca a importância de continuar os pagamentos para os sobreviventes, reiterando o compromisso com a memória do Holocausto e a necessidade de preservar essa história.