No Hospital Estadual Ricardo Cruz (HERCruz), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, a realidade virtual tornou-se uma parte integral do tratamento de fisioterapia para pacientes internados. Essa ferramenta inovadora no Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado do Rio de Janeiro, está sendo utilizada como complemento à terapia tradicional, ajudando a acelerar a recuperação de pacientes com longas internações, quadros de dor de difícil controle e perda de movimento.
Os óculos de realidade virtual adquiridos pela unidade são acoplados a um celular e reproduzem imagens em três dimensões, variando de 5 a 15 minutos, proporcionando a sensação de estar na praia, montanha, floresta ou parque. Associadas a exercícios específicos, essas imagens transportam o paciente para um ambiente diferente, sem sair do lugar.
Essa tecnologia imersiva e interativa ajuda na melhoria motora, equilíbrio, coordenação e força muscular, além de reduzir a ansiedade causada por tratamentos prolongados. O projeto de realidade virtual surgiu em resposta ao perfil dos pacientes do HERCruz, a maioria com mais de 60 anos, longas permanências e dor. Aliado à fisioterapia tradicional, ele tem facilitado a recuperação e melhorado a qualidade de vida dos pacientes.
Karen Trevisan, coordenadora de fisioterapia do hospital, destaca que o projeto de realidade virtual complementa a fisioterapia tradicional de forma humanizada e individualizada, tornando o tratamento mais atrativo e colaborativo para os pacientes.
Luciano Íntimo Menezes, internado no HERCruz com um problema renal, descreveu sua experiência ao utilizar os óculos de realidade virtual pela primeira vez, relembrando suas trilhas na Urca e na Gávea, na Zona Sul do Rio.
A introdução da realidade virtual na fisioterapia representa uma abordagem inovadora e eficaz para melhorar a experiência dos pacientes e acelerar sua recuperação, oferecendo um novo horizonte de tratamento no contexto hospitalar.