Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), conduziram uma operação na terça-feira (06/02), para capturar os responsáveis pelo assassinato do lutador de artes marciais Diego Braga Alves. A incursão ocorreu no Morro do Banco, localizado em Itanhangá, Zona Oeste da cidade. Durante a ação, duas pessoas foram detidas em flagrante, uma delas por tráfico de drogas e envolvimento no homicídio, enquanto a outra foi presa por uso de documento falso.
As investigações tiveram início em 15 de janeiro deste ano, após os agentes receberem informações sobre o assassinato de Diego. A equipe da DHC, descobriu que os autores fazem parte da facção do Comando Vermelho, atualmente comandando o tráfico de drogas no local.
Diego foi morto de maneira covarde ao tentar recuperar a sua moto, roubada pelos integrantes do CV horas antes, na garagem do seu prédio, há menos de 3 km do Morro do Banco.
As informações são de que na hora da negociação entre o Diego e os traficantes, para a devolução da sua moto, os traficantes pegaram o telefone do Diego e ao constatarem que ele tinha em seus contatos, o contato de dois milicianos, resolveram assassina-lo. O lutador tentou fugir mais foi baleado cruelmente. Moradores da região, dizem terem escutado os tiros e que foram vários. O lutador era professor e também dava aula no Morro do Banco, local onde fora assasinado, porem os traficantes não conheciam o lutador. A ideia dos assassinos, era esquartejar o corpo, contudo devido a repercussão do caso, autorizaram um morador que era aluno do Diego, resgatar e entregar o corpo para a polícia.
Na manhã seguinte (16/01), a polícia civil prendeu um dos assassinos, Tauã de 18 anos, que confessou a participação no crime e disse que os demais assassinos haviam fugido do morro.
De acordo com as investigações, pelo menos sete criminosos foram identificados como os responsáveis pelo homicídio. Mandados de prisão e busca e apreensão foram emitidos contra eles. Além disso, os policiais constataram que os membros da facção na região, intimidam os moradores e exploram outros serviços ilícitos.
As investigações estão em andamento, com diligências em curso para capturar todos os envolvidos no assassinato, mas até o presente momento não há informações sobre a identidade dos suspeitos.
A comunidade dos lutadores, vem desde o dia do assassinato (15/01), cobrando a prisão dos assassinos.
Rommel Cardoso, dono do Bar do Oswaldo, que também é lutador e amigo de Diego, horas após o crime através das suas redes sociais, passou a cobrar da polícia e do governador, que o crime fosse investigado de maneira séria e que houvesse resultado.
Há 10 anos, Rommel vem alertando as autoridades e cobrando providências, sobre o avanço da criminalidade nas comunidades do Itanhangá. Nada foi feito e em 2023, o CV tomou as comunidades do Morro do Banco, Tijuquinha, parte da Muzema, parte do Rio das Pedras e a Gardênia Azul.
Nas últimas semanas, as comunidades da Muzema e do Rio das Pedras, vivem em estado de guerra. Na Muzema traficantes armados disparam tiros à luz do dia, em plena rua principal. No Rio das Pedras, em uma madrugada de terror, balas traçantes foram disparadas pelos traficantes, deixando os moradores apavorados. Uma cena que só é vista nas guerras. A situação da segurança na cidade do Rio de Janeiro, está a beira do caos.