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sexta-feira, 20 setembro, 2024
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Pesquisa inédita do IEC pode mudar o futuro do tratamento do câncer no Brasil

Por Marina B.

O Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IEC), a única unidade pública de neurocirurgia especializada no Brasil, está conduzindo uma pesquisa inovadora para o tratamento do câncer cerebral. O estudo, que é pioneiro no país, visa reproduzir células vivas de tumores cerebrais para desenvolver métodos mais eficazes de combate ao câncer. Esta pesquisa é liderada por cientistas do IEC em colaboração com a Universidade de Paris VI, na França. O Governo do Estado tem incentivado o projeto com um investimento de aproximadamente R$ 20 milhões na expansão da unidade. Apenas este ano, o hospital prestou 10 mil atendimentos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

O Instituto Estadual do Cérebro é reconhecido nacionalmente pela excelência no atendimento e pela dedicação à pesquisa científica. “É um orgulho para nossa rede ter um hospital que, além de oferecer atendimento de qualidade, se empenha em pesquisas que têm repercussão internacional. Este é um reflexo do investimento do Governo do Estado. Com a construção das novas enfermarias no ano passado, a capacidade de atendimento da unidade dobrou, resultando em vidas salvas e avanços significativos na ciência,” afirmou o governador Cláudio Castro.

A pesquisa envolve a coleta de uma pequena amostra de tumor, especificamente glioblastoma, um tipo agressivo de câncer que contribui para muitas mortes. O tumor é cultivado em laboratório, criando uma cópia exata do original. Esta técnica permite uma análise detalhada das células cancerígenas, facilitando o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes.

O diretor-científico do IEC, Vivaldo Neto, especialista em neurobiologia, explicou que o estudo das células tumorais e das moléculas associadas poderá acelerar o desenvolvimento de tratamentos. “Ao isolar e testar cada célula, podemos identificar o tratamento mais eficaz, seja por meio de vírus ou medicamentos,” disse Neto. Testes iniciais já estão sendo realizados em modelos animais.

O IEC também está explorando outras pesquisas, como o uso do vírus da Zika no combate a células tumorais e a detecção de microRNA em pacientes com epilepsia resistente a medicamentos.

Nos primeiros meses de 2024, o IEC atingiu um recorde de atendimentos, com mais de 10 mil pacientes recebidos, um aumento de cerca de 80% em relação ao ano passado. A expansão da unidade incluiu uma nova UTI pediátrica, enfermarias, um ginásio de reabilitação, brinquedoteca e equipamentos de última geração. A unidade está concluindo a instalação de um acelerador linear, que permitirá a realização de quimioterapia e radioterapia no próprio hospital a partir de setembro, otimizando o tratamento dos pacientes de oncologia.

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