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domingo, 6 outubro, 2024
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Operação policial contra lavagem de dinheiro na Associação de Moradores na Maré acaba em tiroteios

Por Marina B.

A Associação de Moradores do Parque União, no Complexo da Maré, está sendo alvo hoje (3) de uma operação da Polícia Civil do RJ contra a lavagem de dinheiro do Comando Vermelho (CV), a maior facção do tráfico de drogas do estado. Houve relatos de tiroteios durante a ação.

Os agentes estão cumprindo 16 mandados de prisão e 8 de busca e apreensão. Um dos procurados é Jorge Luís Moura Barbosa, conhecido como Alvarenga, líder do CV na comunidade e membro da alta cúpula da facção.

De acordo com as investigações da DRE, a associação de moradores e seus dirigentes são utilizados como laranjas em diversos estabelecimentos no Parque União para lavar o dinheiro obtido com o comércio de drogas.

A operação da DRE conta com o apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil.

A Clínica da Família (CF) Jeremias Moraes da Silva adotou protocolos de segurança mais rigorosos e interrompeu temporariamente o atendimento para garantir a segurança de seus profissionais e usuários. Da mesma forma, a CF Diniz Batista dos Santos suspendeu suas atividades externas.

Alvarenga, o líder do tráfico no Parque União, é procurado pela Justiça, possui 86 registros criminais e é investigado em 175 inquéritos policiais por crimes como tráfico de drogas, homicídio e corrupção de menores.

Segundo a DRE, Alvarenga participa ativamente das decisões estratégicas da facção, ordenando invasões a territórios rivais e controlando a exploração de serviços na comunidade.

Ele costuma organizar bailes funk na região para aumentar as vendas de drogas, mas evita circular pela favela para não ser identificado. Alvarenga sempre se desloca com seguranças armados e toma precauções extras ao voltar para casa, pedindo para ser deixado a alguns metros de distância e esvaziando as ruas para evitar que seu endereço seja descoberto.

Além da operação na Maré, a Polícia Militar iniciou operações em várias comunidades, incluindo Cidade de Deus, Morro do Urubu, Morro do 18, entre outras, para reprimir crimes como roubos de veículos e tentativas de expansão do domínio territorial do Comando Vermelho.

Em retaliação, traficantes atearam fogo a barricadas e atiraram contra os policiais militares, resultando na apreensão de armas de fogo, rádios de comunicação e material entorpecente.

Várias unidades de saúde, como a Clínica da Família Lourival Francisco de Oliveira e o Centro Municipal de Saúde Hamilton Land, suspenderam as visitas domiciliares por questões de segurança durante as operações.

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