A Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) bloqueou aproximadamente 30 mil Bilhetes Únicos Intermunicipais (BUI) devido a inconsistências de cadastro e uso indevido. Com a suspensão desses benefícios, o Estado deve economizar cerca de R$ 1 milhão por mês, eliminando subsídios concedidos erroneamente.
O secretário Washington Reis destacou a importância das medidas para combater fraudes e assegurar que o BUI beneficie somente aqueles que realmente precisam. “O uso inadequado do Bilhete Único Intermunicipal, seja para obter vantagens financeiras ou outras, é não apenas ilegal, mas também prejudica as finanças públicas e o progresso das políticas de mobilidade urbana,” afirmou.
O BUI é um benefício tarifário para o transporte público, concedido pelo Governo do Rio mediante CPF, e exige que o usuário tenha entre 5 e 64 anos, uma renda mensal de até R$ 3.205,20 e utilize pelo menos um meio de transporte intermunicipal dentro de um período de três horas. Com o BUI, a integração dos transportes é cobrada no valor máximo de R$ 8,55.
Durante a análise, foram encontrados casos em que o mesmo cartão foi usado repetidamente em curtos períodos de tempo a partir de grandes pontos de circulação, sugerindo a possível comercialização ilegal dos créditos. O BUI é intransferível e sua venda ou empréstimo é proibido.
Além das fraudes detectadas por biometria facial, muitas irregularidades foram identificadas pela falta de recadastramento dos usuários. De 30 mil cartões bloqueados, menos de 0,1% dos usuários procuraram desbloquear seus benefícios, sendo necessário apresentar documentos originais para comprovar a titularidade do BUI.
Novidades nas Vans Intermunicipais
Recentemente, a Setram e o Detro-RJ iniciaram testes com câmeras de biometria facial em vans intermunicipais, marcando a primeira vez que essa tecnologia é usada no transporte complementar. As câmeras já estão operacionais em cerca de 40% dos ônibus intermunicipais e estão sendo testadas no metrô e trens.
Uma nova resolução também estabelece regras para o uso do BUI em vans e ônibus. Agora, as empresas responsáveis pela bilhetagem devem enviar os dados diretamente ao Detro-RJ. Caso sejam identificadas inconsistências, um processo será iniciado contra o permissionário da van, e o repasse do subsídio será suspenso até a conclusão da investigação.
