As previsões para a safra de grãos de 2024 no Brasil, conduzidas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), continuam a diminuir. No primeiro levantamento, o órgão projetou uma redução de 0,7% em comparação com a colheita anterior. Entretanto, na última pesquisa divulgada em 11 de abril, essa queda foi estimada em 8%, o que representa 11 vezes mais do que inicialmente previsto.
Segundo a Conab, espera-se que o Brasil colha aproximadamente 26 milhões de toneladas a menos, uma quantidade quase equivalente à produção inteira do Rio Grande do Sul em 2023. O Estado é um dos principais produtores do país.
As maiores reduções são esperadas nas colheitas de soja e milho, projetadas para diminuírem em 8 milhões e 20 milhões de toneladas, respectivamente. Essas culturas são os pilares do agronegócio brasileiro, representando cerca de 90% da safra de grãos de 2024. No total, estima-se que o país irá colher 294 milhões de toneladas neste ano.
A principal razão para essa redução é a diminuição da produtividade, que caiu 8%, passando de 4 toneladas para 3,7 toneladas por hectare. A Conab atribui essa queda à intensidade do fenômeno natural El Niño, que afeta o padrão de chuvas.
Além da soja e do milho, a Conab monitora outras 14 culturas de grãos, incluindo algodão, arroz, feijão, trigo, entre outros. Após a soja e o milho, a colheita de arroz se destaca, prevista em 10,5 milhões de toneladas, praticamente equivalente ao consumo interno. O trigo (9,7 milhões de toneladas) e o algodão (8,7 milhões de toneladas) também figuram entre os cinco principais produtos da safra de grãos de 2024 no Brasil.