A taxa de desemprego do Brasil atingiu 7,9% no trimestre encerrado em março de 2024, marcando um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, de outubro a dezembro de 2023, quando o indicador se situou em 7,4%. Apesar disso, houve uma redução de 0,9 ponto percentual em comparação ao mesmo trimestre de 2023, que registrou uma taxa de 8,8%. Esses dados foram divulgados nesta terça-feira (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
O número de pessoas desempregadas aumentou para 8,6 milhões, representando um crescimento de 6,7% (542 mil pessoas a mais) em relação ao trimestre anterior. Entretanto, em comparação anual, houve uma redução de 8,6% (menos 808 mil pessoas).
A população ocupada, que totalizou 100,2 milhões de pessoas, diminuiu 0,8% no trimestre (menos 782 mil pessoas), mas cresceu 2,4% no ano (2,4 milhões de pessoas a mais). O nível de ocupação, medido como a proporção de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 57%, diminuindo 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (57,6%) e aumentando 0,9 ponto percentual na comparação anual (56,1%).
A população subocupada, que desejava trabalhar mais horas mas não conseguiu, totalizou 5,2 milhões, diminuindo 5,2% no trimestre (281 mil pessoas a menos) e permanecendo estável em comparação ao ano anterior.
No que diz respeito à população fora da força de trabalho, que chegou a 66,9 milhões, houve um aumento de 0,9% no trimestre (607 mil pessoas a mais), permanecendo estável em relação ao ano anterior. A população desalentada, que não buscou emprego por desânimo, não variou significativamente em relação ao trimestre anterior e diminuiu 7,1% no ano (menos 275 mil pessoas).
Em relação ao tipo de emprego, o número de empregados com carteira assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) permaneceu estável em 37,984 milhões, mas cresceu 3,5% no ano (1,3 milhão de pessoas a mais). Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado (13,4 milhões) permaneceu estável no trimestre e cresceu 4,5% no ano (581 mil pessoas a mais).
O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões) permaneceu estável em ambas as comparações, trimestral e anual, assim como o número de empregadores (4,1 milhões). O número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões) diminuiu 2,3% no trimestre (menos 141 mil pessoas) e aumentou 3,5% no ano (198 mil pessoas a mais).
O número de empregados no setor público (12,0 milhões) diminuiu 1,5% no trimestre (menos 184 mil pessoas) e permaneceu estável no ano. A taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada (ou 38,9 milhões de trabalhadores informais), contra 39,1% no trimestre anterior e 39% no mesmo trimestre de 2023.