A ida da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, a Roma, entre os dias 9 e 13 de fevereiro, gerou um gasto exorbitante de R$ 292,3 mil em passagens e diárias para 12 pessoas de sua comitiva. O alto custo da viagem, bancada com dinheiro público, gerou críticas e levantou questionamentos sobre os privilégios concedidos à esposa do presidente, que sequer ocupa cargo oficial no governo.
A passagem de Janja na classe executiva custou R$ 34,1 mil, contrariando as regras que permitem essa modalidade apenas para ministros e cargos comissionados mais altos. Além disso, servidores do governo receberam valores significativos em diárias, como Raquel Porto Mendes Ribeiro, do Ministério da Fazenda, que embolsou R$ 17,8 mil por apenas oito dias de viagem. O Painel de Viagens do governo ainda não divulgou se Janja também recebeu diárias.
Enquanto o governo insiste em cobrar sacrifícios da população, promovendo cortes e defendendo responsabilidade fiscal, a primeira-dama desfruta de luxos pagos com dinheiro público. A justificativa oficial da Secretaria de Comunicação (Secom) é de que Janja viajou como “colaboradora” do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, mesmo sem ter função formal no governo.
O caso reforça a percepção de descolamento da realidade por parte do Planalto, que gasta milhões em viagens e mordomias enquanto o povo enfrenta dificuldades econômicas. A ida a Roma poderia ter sido representada por autoridades competentes do governo, sem a necessidade de uma comitiva inchada e gastos excessivos. Mais uma vez, o discurso de austeridade do governo se choca com a prática de privilégios para a elite petista.