Pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência abre disputa interna pela vaga
A decisão do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) de disputar a Presidência da República em 2026 alterou o cenário eleitoral no Rio de Janeiro e abriu espaço para que outros nomes do Partido Liberal passem a se movimentar pela vaga ao Senado.
Com a saída de Flávio da corrida à reeleição, Carlos Jordy, Sóstenes Cavalcante, Hélio Lopes e Altineu Côrtes surgem como os principais cotados dentro da legenda para ocupar a cadeira.
Até o anúncio da pré-candidatura presidencial, a permanência de Flávio no Senado era considerada praticamente certa. Pesquisa do instituto Real Time Big Data, divulgada em 3 de dezembro, apontava o senador com 27% das intenções de voto, liderando o cenário. O quadro mudou após a escolha feita por Jair Bolsonaro, confirmada publicamente pelo próprio filho no último dia 5.
“É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”, escreveu Flávio.
Movimentação nos bastidores do PL
Com a vaga aberta, aliados começaram a se posicionar. Carlos Jordy, ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara, foi o primeiro a se manifestar publicamente, afirmando estar à disposição do partido.
“O projeto maior é eleger Flávio Bolsonaro presidente do Brasil. Se o meu nome contribuir com essa missão, estarei pronto”, declarou.
Nos bastidores, Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, é visto como um dos nomes mais fortes, especialmente por sua proximidade com Bolsonaro e apoio expressivo do eleitorado evangélico.
Altineu Côrtes, vice-presidente da Câmara dos Deputados, também aparece como opção competitiva, com base eleitoral consolidada na região metropolitana e bom trânsito político no interior do Estado. Já Hélio Lopes, conhecido por ter usado o nome “Hélio Bolsonaro” nas urnas em 2018, segue lembrado internamente como alternativa viável.
Disputa ao Senado em 2026
Em 2026, o Rio de Janeiro terá duas vagas em disputa no Senado. Além da cadeira deixada por Flávio, o governador Cláudio Castro (PL-RJ) também aparece como nome forte. Na mesma pesquisa do Real Time Big Data, ele empatou com Flávio, ambos com 27%.
A escolha do PL para o Senado é tratada como estratégica dentro do bolsonarismo, especialmente diante da ofensiva da legenda para ampliar sua bancada na Casa Alta. O objetivo é ganhar força em embates institucionais, principalmente envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF).
Recentemente, o ministro Gilmar Mendes concedeu liminar que restringia denúncias contra ministros da Corte e elevava o quórum para abertura de processos de impeachment. Após reação do Senado, o magistrado recuou parcialmente, mantendo apenas a exigência de dois terços dos votos para o afastamento de ministros.