A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão responsável por regular o mercado de capitais no Brasil, está com uma cadeira vaga há três meses, desde a saída do ex-diretor Daniel Maeda. A demora na nomeação de um substituto expõe a falta de prioridade do governo Lula em relação ao setor financeiro, gerando incertezas entre investidores e analistas do mercado.
A indicação de um novo diretor é prerrogativa do presidente da República e precisa passar por sabatina no Senado antes da posse. No entanto, até o momento, o governo não demonstrou pressa em resolver a questão, deixando um dos principais órgãos reguladores do país incompleto.
Impacto no mercado
A CVM tem um papel essencial na fiscalização de empresas, proteção de investidores e criação de normas que garantem a transparência e o bom funcionamento do mercado de capitais. A ausência de um diretor pode atrasar decisões importantes e comprometer a eficiência regulatória do setor.
Além disso, o mercado observa com atenção o perfil do futuro indicado. A escolha de um profissional técnico e independente é vista como fundamental para manter a confiança de investidores e assegurar a continuidade das políticas de modernização do setor.
Mais vagas podem surgir em breve
Além da cadeira atualmente em aberto, outras duas vagas na diretoria da CVM serão disponibilizadas até 2026, com as saídas dos diretores Otto Lobo e João Accioly. Caso o governo continue com esse ritmo de nomeações, há o risco de um vácuo regulatório ainda maior.
A demora na indicação de um novo diretor reforça a percepção de que o mercado financeiro não está entre as prioridades do governo Lula. Para especialistas, a ausência de movimentação por parte do Planalto pode impactar negativamente a atração de investimentos e a estabilidade do setor no longo prazo.