No próximo dia 20 de janeiro, Donald Trump tomará posse oficialmente como presidente dos Estados Unidos em uma cerimônia que promete romper com as tradições diplomáticas americanas. Ao invés de convidar todos os chefes de Estado, Trump optou por uma seleção restrita de líderes mundiais que compartilham sua visão e ideologia.
Entre os convidados de honra estão Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, e Javier Milei, presidente da Argentina, além de líderes como Giorgia Meloni (Itália), Nayib Bukele (El Salvador) e Daniel Noboa (Equador).
Curiosamente, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva não figura na lista de convidados. O governo brasileiro será representado apenas pelo embaixador do país nos Estados Unidos, sinalizando o claro distanciamento entre Trump e Lula.
Bolsonaro: um aliado reconhecido por Trump
O convite a Bolsonaro é um reconhecimento de sua aliança com Trump, que sempre exaltou a relação entre Brasil e Estados Unidos durante seus respectivos mandatos. Bolsonaro foi uma das vozes mais firmes no cenário internacional em defesa de valores como liberdade de expressão, soberania nacional e oposição ao globalismo.
Mesmo enfrentando investigações no Brasil e com seu passaporte temporariamente retido pela Polícia Federal, Bolsonaro demonstrou entusiasmo com o convite. Sua presença na cerimônia reforçará seu papel como figura influente entre os líderes conservadores globais.
Outro destaque da lista de convidados é Javier Milei, presidente da Argentina. Desde sua eleição, Milei tem se mostrado um defensor ferrenho do liberalismo econômico e crítico contundente das políticas socialistas, consolidando sua posição como aliado natural de Trump e Bolsonaro. Sua participação na posse sublinha o crescente alinhamento entre líderes que se opõem às agendas progressistas e intervencionistas.
Lula Excluído: uma mensagem simbólica
A ausência de Lula entre os convidados evidencia o abismo ideológico entre ele e Trump. Enquanto Bolsonaro e Milei representam uma ruptura com as políticas tradicionais, Lula simboliza o retorno de uma agenda de esquerda, que tem se tornado alvo de críticas no cenário internacional.
A decisão de Trump de excluir Lula também reflete as tensões diplomáticas recentes entre Brasil e Estados Unidos. Sob a liderança de Lula, o Brasil tem se aproximado de regimes como o de Nicolás Maduro (Venezuela) e de alianças como o BRICS, o que contrasta fortemente com a visão de mundo de Trump e seus aliados.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que Bolsonaro comprove formalmente o recebimento do convite para que o passaporte seja liberado. O ex-presidente está confiante de que o documento será devolvido a tempo, permitindo que ele participe do evento histórico em Washington.
Nova Era de alinhamentos
A posse de Trump inaugura uma fase de realinhamento político global, com a formação de blocos liderados por figuras conservadoras e de direita. Bolsonaro e Milei, como convidados de destaque, reforçam o papel central que desempenham nessa nova configuração.
Enquanto isso, Lula observa de longe, excluído de um círculo que rejeita sua visão política e reafirma valores que foram pilares do governo Bolsonaro. A cerimônia promete ser um marco não apenas para os Estados Unidos, mas também para o fortalecimento de uma aliança global em defesa da liberdade, soberania e prosperidade econômica.