O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura de Elvis Riola de Andrade, conhecido como “Cantor”, um ex-diretor da escola de samba Gaviões da Fiel e supostamente ligado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Elvis estava preso na Argentina desde 1º de agosto de 2023, após uma série de decisões judiciais ligadas à sua condenação por envolvimento no assassinato de um agente penitenciário em 2009, crime supostamente ordenado por lideranças do PCC.
Elvis foi condenado a 15 anos de prisão, mas havia obtido o direito de recorrer em liberdade após passar 11 anos preso preventivamente. Em 2023, no entanto, a segunda instância da Justiça de São Paulo determinou sua prisão novamente, após uma tentativa de entrada na Bolívia ser interpretada como descumprimento das medidas impostas pelo tribunal. Ele foi preso em Buenos Aires pouco depois.
Na decisão de soltura, Toffoli afirmou que o tempo que Elvis passou preso preventivamente justificava a “excepcionalidade” do caso e que sua tentativa de ingresso na Bolívia não poderia ser considerada uma fuga, já que ele não havia sido proibido formalmente de deixar o país. A defesa havia apresentado um habeas corpus argumentando que a prisão era indevida.
