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sexta-feira, 7 novembro, 2025
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Tarcísio diz que crime organizado se aproveita da ausência do Estado e reafirma apoio a Cláudio Castro

Por Alexandre Gomes

Governador paulista elogia operação no Rio e defende união entre planejamento, coragem e políticas públicas duradouras

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que a maior ameaça à soberania nacional é o avanço do crime organizado sobre áreas dominadas pela ausência do Estado. Segundo ele, o poder público precisa retomar o controle de territórios e implementar políticas sociais e de segurança duradouras para enfrentar as facções criminosas.

Em entrevista concedida ao podcast Flow nesta quinta-feira (6), Tarcísio elogiou a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou na morte de 121 pessoas, entre elas quatro agentes de segurança, e reiterou apoio ao governador Cláudio Castro (PL).

“Foi uma ação bem planejada e corajosa. O governador Castro mostrou determinação para enfrentar o crime”, declarou.

“Traficante não é vítima, é empresário do desespero”, diz Tarcísio

O governador destacou que o crime organizado se consolida em regiões onde o Estado se ausenta, ocupando o espaço com serviços e poder paralelo.

“A população enxerga o traficante como um empresário do desespero, e não como uma vítima da sociedade”, afirmou.

Para Tarcísio, a perda de controle territorial representa uma ameaça à soberania nacional, comparável aos desafios diplomáticos frequentemente abordados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O problema mais urgente do Brasil está dentro do país, nas comunidades onde o Estado deixou de exercer autoridade”, disse.

Estratégia militar e apoio popular à operação no Rio

Tarcísio destacou o uso da tática militar conhecida como “martelo e bigorna” na operação fluminense, que consistiu em confinar os criminosos em uma área de mata no Morro da Misericórdia, onde foram cercados pelo Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais). Segundo ele, o método evitou confrontos em zonas civis e demonstrou planejamento estratégico.

O governador lamentou as mortes dos policiais envolvidos e reforçou que o Estado não pode se render diante do crime.

“Quem vive nessas regiões precisa sentir a mão segura do poder público”, declarou.

Pesquisas recentes, como a da AtlasIntel, apontam que 55,2% dos brasileiros aprovam a operação no Rio, enquanto 42,3% a desaprovam. Para Tarcísio, os números refletem o sentimento popular de exaustão com a violência.

“É o ‘não aguento mais’ da população”, resumiu.

Expansão das facções e desafios nacionais

O governador também citou as operações Escudo e Verão, conduzidas na Baixada Santista, como exemplos de ações necessárias para conter o avanço do crime. Segundo ele, decisões desse tipo são tomadas por necessidade, não por vontade política.

Tarcísio alertou ainda para o avanço das facções em estados do Nordeste, como o Ceará, onde criminosos chegam a expulsar famílias de suas próprias casas.

“O que estamos vendo em algumas cidades do Nordeste é grave. O criminoso chega, manda o cidadão sair da própria casa, e ele precisa obedecer. Isso mostra o quanto o Estado perdeu espaço”, concluiu.

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