O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou nesta quinta-feira (16) o desempenho das estatais federais sob o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em publicação nas redes sociais, o ex-ministro da Infraestrutura afirmou que “as estatais sempre dão prejuízo nos governos do PT” e responsabilizou o partido por um modelo de gestão que, segundo ele, “pune o contribuinte”.
“Precisa comentar alguma coisa? O gráfico fala por si. As estatais sempre dão prejuízo nos governos do PT. Eles têm o que eu chamo de desconhecimento detalhado do assunto no que diz respeito à gestão pública. E sabe quem paga a conta? Você, eu e todos os brasileiros”, escreveu o governador.
Déficit bilionário nas empresas públicas
A reação de Tarcísio foi motivada por dados divulgados pela CNN Brasil, baseados em informações do Banco Central. Segundo o levantamento, as estatais federais acumularam um déficit de quase R$ 9 bilhões nos 12 meses encerrados em agosto de 2025.
O prejuízo mais que dobrou em relação a 2024, revertendo a tendência de superávit observada nos governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
Durante o programa Prime Time, a analista Thaís Herédia destacou que o resultado negativo pressiona o governo a destinar mais recursos públicos para sustentar as empresas estatais, o que representa aumento de gastos e perda de eficiência.
Contraste com São Paulo
Tarcísio aproveitou a publicação para comparar o cenário nacional com o modelo paulista, ressaltando as privatizações e ajustes fiscais feitos em sua gestão.
“Aqui em São Paulo a gente privatizou estatais, ajustou as contas e tem responsabilidade com o dinheiro dos paulistas. São Paulo está na direção certa”, afirmou o governador.
A declaração repercutiu rapidamente nas redes sociais, somando centenas de comentários de apoio e críticas ao governo petista.
Especialistas apontam que o episódio reforça o embate entre modelos de gestão pública — de um lado, o intervencionismo estatal defendido pelo PT; de outro, a política de desestatização e eficiência administrativa defendida por Tarcísio e aliados do campo liberal-conservador.