Carlos Viana pressiona o ministro André Mendonça por decisões
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que apura fraudes bilionárias contra aposentados e pensionistas do INSS aguarda a análise de 19 pedidos de prisão já aprovados pelo colegiado. As solicitações foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal, mas não houve decisão até agora.
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), fez um apelo público ao ministro André Mendonça, responsável por julgar a demanda.
Segundo o parlamentar, há “provas documentais, testemunhais e periciais” que demonstram a participação direta de investigados no esquema que desviou dinheiro de beneficiários sem autorização.
“Ministro André Mendonça, o Brasil confia em Vossa Excelência. Mas o país clama para que a Justiça aja. É preciso que as prisões já aprovadas sejam decretadas, para que a verdade vença o silêncio da impunidade”, declarou Viana.
O senador também afirmou que há pressões e tentativas de blindagem envolvendo dirigentes sindicais e políticos próximos ao governo federal.
Próximos depoimentos agendados pela CPMI
O colegiado marcou novas oitivas para novembro, com nomes considerados estratégicos para o avanço das investigações:
- 27/10 – Alexandre Guimarães, ex-diretor do INSS
- 28/10 – Domingos Sávio de Castro, empresário do setor de call center
- 3/11 – Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, presidente da confederação do setor pesqueiro
- 6/11 – Onyx Lorenzoni, ex-ministro do Trabalho e Previdência
- 10/11 – Aristides Veras dos Santos, presidente da Contag
- 13/11 – Eric Douglas Fidelis, empresário
- 17/11 – Jucimar Fonseca da Silva, ex-coordenador do INSS
O que está em jogo
A CPMI investiga um esquema nacional de descontos indevidos em aposentadorias, que teria movimentado bilhões de reais, envolvendo sindicatos, entidades associativas, servidores e empresas de intermediários.
Para Carlos Viana, não haverá justiça enquanto os principais responsáveis continuarem em liberdade:
“Este é um crime que tirou o pão da mesa dos idosos e o remédio das pensionistas. O país não pode aceitar que a impunidade prevaleça.”