A nova ofensiva do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) impôs uma série de restrições sem precedentes a um ex-chefe de Estado no Brasil. Entre as medidas, está a proibição de comunicação com o próprio filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), além do uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e veto total ao uso de redes sociais.
A decisão, tomada após manifestação da Polícia Federal e aval da Procuradoria-Geral da República (PGR), provocou reação imediata entre parlamentares, juristas e lideranças da oposição, que enxergam mais um passo perigoso rumo à criminalização do conservadorismo no país.
“Querem calar Bolsonaro a qualquer custo”
A proibição de contato entre pai e filho é vista por muitos como um ataque direto ao núcleo familiar e aos direitos mais básicos de qualquer cidadão, independentemente de sua posição política. A ordem de Moraes, ao isolar Bolsonaro até mesmo de seus laços mais próximos, soa como um esforço deliberado para desumanizá-lo e apagá-lo da cena pública.
Em resposta à medida, o próprio Eduardo Bolsonaro denunciou o autoritarismo da Corte nas redes sociais, listando as novas exigências que atingem seu pai: “1 – tornozeleira eletrônica; 2 – recolhimento domiciliar noturno; 3 – sem redes sociais; 4 – proibido de falar até com o filho…”.
Bolsonaro responde com dignidade e firmeza
Mesmo diante da escalada de repressão, Jair Bolsonaro manteve a postura firme e serena, afirmando que tudo não passa de uma tentativa explícita de retirá-lo do cenário político à força. Em publicação feita antes das sanções, ele agradeceu a carta de solidariedade do ex-presidente Donald Trump, que denunciou a perseguição jurídica que Bolsonaro sofre no Brasil.
“Estou sendo julgado por um golpe de Estado dado num domingo, sem tropa, com a minha presença nos Estados Unidos. É algo completamente incrível, um crime inexistente”, declarou o ex-presidente. “Querem me alijar do processo político, alijar a maior liderança de direita da América Latina.”
Bolsonaro ainda foi categórico: “Eleições sem oposição, isso sim é um golpe.”
Especialistas alertam que as medidas do STF configuram censura prévia, abuso de autoridade e violação de garantias constitucionais, como a liberdade de expressão, a inviolabilidade do lar e o direito à comunicação. O isolamento político e pessoal imposto ao ex-presidente seria inconcebível em qualquer democracia sólida.
A decisão abre um precedente gravíssimo, onde o Judiciário ultrapassa o papel de garantidor da Constituição para se tornar um agente de repressão política.
Apesar da perseguição judicial e do cerco institucional, Jair Bolsonaro segue sendo a maior liderança popular da direita brasileira e continua inspirando milhões de brasileiros que repudiam o autoritarismo e o abuso de poder.
O ex-presidente representa não apenas uma posição política, mas um sentimento nacional de inconformismo diante de um sistema que se tornou intocável, parcial e hostil à liberdade.
O silêncio imposto a Bolsonaro é a tentativa desesperada de um sistema que teme sua voz. Mas há vozes que nem mesmo as tornozeleiras, os tribunais ou a censura conseguem calar.