O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) criticou duramente, nesta quinta-feira (15), a condenação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que a sentenciou a 10 anos de prisão por suposto envolvimento na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão abriu caminho para um possível processo de cassação do mandato da parlamentar.
Pelas redes sociais, Sóstenes classificou a condenação como uma retaliação política e não um ato de justiça, ressaltando o caráter injusto da medida contra Zambelli, que é a deputada federal mais votada do Brasil.
“Uma mulher, deputada federal, a mais votada do Brasil, não pode ser cassada por vingança política”, afirmou o parlamentar no X (antigo Twitter).
Sóstenes enfatizou ainda que a decisão sobre a cassação de um mandato parlamentar deve ser exclusiva do plenário da Câmara dos Deputados, órgão que representa a vontade popular, e não resultado de pressões externas ou “narrativas” políticas.
“Cassação de mandato só pode ser decidida pelo plenário da Câmara, que representa a vontade soberana do povo — e não por pressão de narrativas”, declarou.
O líder do PL conclamou a militância e os parlamentares da base aliada a se mobilizarem em defesa de Carla Zambelli, alertando para o risco de que a condenação da deputada possa abrir precedente para futuras perseguições contra outros membros da oposição.
“Vamos lutar com unhas e dentes pelo mandato da deputada Carla Zambelli. Porque hoje é com ela. Amanhã pode ser com qualquer um de nós”, advertiu Sóstenes.
A declaração de Sóstenes reforça o clima de tensão política e judicial que cerca a oposição no Congresso, em meio a episódios que são vistos por aliados como tentativas de silenciar vozes contrárias ao governo Lula.