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Solidariedade ou controvérsia? Gleisi Hoffmann encontra-se com ditador cubano em meio a bloqueio econômico

Por Alexandre G.

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT e deputada federal, encontrou-se na última quinta-feira (28), com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, em uma visita realizada a convite do Partido Comunista Cubano. Durante o encontro, expressou solidariedade à ditadura cubana pelos desafios enfrentados devido ao embargo econômico imposto pelos EUA.

Em declarações divulgadas pelo PT, Gleisi afirmou: “Queremos discutir o que mais o Brasil pode fazer para auxiliar Cuba diante do bloqueio que está enfrentando”. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), presente na viagem, destacou que “defender as conquistas sociais de Cuba diante do bloqueio criminoso dos EUA é uma obrigação de todos os democratas e um compromisso do nosso partido”.

Durante sua estadia em Cuba, Gleisi também se encontrou com o secretário de Organização do PC cubano, Roberto Morales, e assinaram um acordo de intercâmbio entre o PT e o partido cubano “para compartilhar experiências e cooperar”.

No encontro com Díaz-Canel, Gleisi agradeceu a “solidariedade do povo cubano ao presidente Lula durante o período em que ele foi perseguido e ilegalmente detido no Brasil”, referindo-se ao tempo em que Lula esteve preso em Curitiba devido à Lava Jato. Ela relembrou sua visita a Havana em 2019, quando recebeu um manifesto pela liberdade de Lula com mais de 2 milhões de assinaturas.

Díaz-Canel assumiu a presidência em 2018, após a renúncia de Raúl Castro, irmão de Fidel Castro, falecido em 2016. O atual presidente teve seu mandato renovado pelo parlamento em abril do ano passado. O país permanece sob o regime de partido único desde a Revolução Cubana, em 1959. Nas redes sociais, Díaz-Canel destacou “os excelentes laços entre as duas organizações políticas e a importância de aprofundá-los”, enviando “saudações calorosas” ao presidente Lula.

O PT ressaltou em nota que o governo brasileiro tem colaborado com projetos de cooperação em áreas como agricultura, energia e saúde, além de incentivar o retorno de investimentos brasileiros a Cuba. Em conjunto com os Emirados Árabes Unidos, o Brasil participa do fornecimento emergencial de alimentos a Cuba, no valor de 56 milhões de dólares.

Essa abordagem do PT em relação a Cuba coincide com a semana em que Lula indicou uma possível mudança em relação ao presidente venezuelano Nicolás Maduro. O governo petista criticou, por meio de nota oficial do Itamaraty, a decisão do governo venezuelano de bloquear o registro da candidatura da oposicionista Corina Yoris nas eleições presidenciais. Essa posição foi endossada por Lula em uma entrevista ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Planalto. Lula afirmou: “Eu fiquei surpreso com a decisão (de barrar a oposicionista). É grave que a candidata não tenha sido registrada. Ela não foi proibida pela Justiça”.

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