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segunda-feira, 20 outubro, 2025
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Socialismo chega ao fim na Bolívia após duas décadas

Por Alexandre Gomes

Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão, vence eleições e põe fim ao ciclo do MAS de Evo Morales

A Bolívia encerrou um ciclo de quase 20 anos de socialismo com a eleição de Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), para a Presidência da República.

O resultado foi confirmado pelas autoridades eleitorais após a apuração do segundo turno — o primeiro da história política boliviana. Paz obteve 54,5% dos votos válidos, derrotando o candidato do Movimento ao Socialismo (MAS), partido ligado ao ex-presidente Evo Morales.

Essa será a primeira vez desde 2006 (com exceção do breve governo interino de Jeanine Áñez, entre 2019 e 2020) que o MAS não comandará o país. O novo presidente defende uma agenda liberal e pró-mercado, sintetizada no slogan de campanha “Capitalismo para todos” — uma proposta de formalizar pequenas empresas, atrair investimentos e recuperar a confiança da população na economia.

“Devemos abrir a Bolívia ao mundo e recuperar o papel que perdemos geopolítica e economicamente nas últimas duas décadas”, declarou Paz, agradecendo o apoio de líderes regionais e o reconhecimento do governo dos Estados Unidos, expresso pelo vice-secretário de Estado, Christopher Landau.

Fim do ciclo socialista

A vitória de Rodrigo Paz representa uma mudança de rumo na América Latina, cada vez menos dominada pela esquerda.
Conforme destacou o colunista Rodrigo Constantino, da Gazeta do Povo, “a Bolívia se junta agora à Argentina, Paraguai, Peru e Equador como países que conseguiram se livrar do socialismo”, enquanto Chile, Uruguai, Brasil, Colômbia e Venezuela seguem presos, em diferentes graus, ao modelo estatista e ao projeto político do Foro de São Paulo.

Constantino argumenta que, em todos os países onde se consolidou, o socialismo deixou rastro de miséria, corrupção e opressão, enquanto governos liberais e de direita têm mostrado resultados mais sólidos, mesmo que à custa de ajustes econômicos iniciais.

“Basta ver o exemplo da Argentina para comprovar que há uma alternativa, e que o caminho da liberdade é muito mais eficaz”, escreveu o colunista.

Reflexos no Brasil e alerta para 2026

Para Constantino, a vitória de Paz também é um sinal de esperança para o Brasil, que vive sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O analista político ressalta, contudo, que a esquerda brasileira se encontra profundamente entrincheirada no Estado e que a disputa de 2026 será decisiva para definir o futuro do país.

“O TSE tem sido um jogador do lado esquerdista, não um árbitro imparcial. As urnas eletrônicas não gozam da confiança da população, e Lula já usa a máquina estatal em sua propaganda — que invade até novelas da Globo”, criticou.

Constantino alerta que, caso o campo da direita e do centro não consiga se unir, o Brasil pode seguir o caminho da Venezuela, com perda gradual de liberdades e aprofundamento da crise econômica.

“O jogo será bruto e desleal, mas talvez seja a última chance de reverter o quadro e impedir o destino venezuelano do nosso país. O foco deve ser tirar o PT do poder”, conclui o colunista.

A eleição boliviana, portanto, marca não apenas o fim de um ciclo socialista em La Paz, mas também um marco simbólico na guinada política da América Latina — com o fortalecimento de movimentos democráticos e liberais que pregam liberdade econômica, meritocracia e menos Estado, em contraste com o legado de dependência e autoritarismo deixado por duas décadas de socialismo.

Publicado com informações da Gazeta do Povo e da coluna de Rodrigo Constantino

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