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segunda-feira, 13 outubro, 2025
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Presidente da CPMI do INSS decide pautar convocação de irmão de Lula

Por Alexandre Gomes

Frei Chico deve ser votado após silêncio de Milton Cavalo em depoimento

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou nesta quinta-feira (9) que colocará em pauta, no próximo dia 16 de outubro, a convocação de José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Frei Chico ocupa o cargo de vice-presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical), entidade apontada nas investigações como beneficiária de descontos irregulares em aposentadorias e pensões. De acordo com os dados levantados pela CPMI, o sindicato teria recebido mais de R$ 600 milhões entre 2008 e 2025, boa parte sem autorização dos beneficiários.

“Diante do silêncio sobre a participação do vice-presidente do sindicato e pela quantidade de dinheiro sacado na boca do caixa, é urgente votarmos a convocação do Frei Chico para que ele esclareça sua atuação dentro da entidade”, declarou Carlos Viana.


Habeas corpus e silêncio de Milton Cavalo

A decisão de Viana foi tomada após o depoimento de Milton Baptista de Souza Filho, conhecido como Milton Cavalo, atual presidente do Sindnapi e aliado de Frei Chico. Durante o interrogatório, o sindicalista manteve-se em silêncio, amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Com o benefício, Milton Cavalo não precisou assinar o termo de compromisso de dizer a verdade e ficou livre para se abster de responder às perguntas dos parlamentares.

“Estamos diante de um grande movimento de blindagem de pessoas próximas ao governo, aos sindicatos, que estão usando a legislação para não dar explicações aos brasileiros”, criticou Viana. “É um absurdo alguém com tanto a esclarecer vir aqui e ficar em silêncio.”


CPMI acusa “blindagem” e promete avançar

O presidente da CPMI afirmou que o habeas corpus faz parte de um “esquema de proteção” a figuras ligadas ao governo e disse que o colegiado não vai recuar.

“Por mais que concorde e respeite, é um absurdo. Estamos de mãos amarradas por uma decisão que parece parte de um grande esquema de blindagem que usa advogados milionários com muito relacionamento em Brasília”, disse o senador. “Mas isso não vai adiantar. As provas e movimentações bancárias falam por si.”


Pedido de apreensão de passaporte de Nelson Wilians

Além da convocação de Frei Chico, Carlos Viana informou que solicitou novamente ao ministro André Mendonça, do STF, a apreensão do passaporte do advogado Nelson Wilians, investigado pela Polícia Federal por suspeita de lavagem de dinheiro e fraudes contra o INSS.

“O sentimento deles era de completa proteção. Estavam escudados pela política e por decisões judiciais. Vamos derrubar esse castelo de confiança da corrupção que foi criado no país”, afirmou Viana.


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