Dólar Hoje Euro Hoje
terça-feira, 1 outubro, 2024
Início » Silêncio conivente: Brasil de Lula se recusa a condenar ditadura de Maduro na Venezuela

Silêncio conivente: Brasil de Lula se recusa a condenar ditadura de Maduro na Venezuela

Por Alexandre G.

O Brasil a mando de Lula, se abstém de assinar a nota conjunta emitida por países latino-americanos, expressando preocupação com os crescentes abusos da ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela e a prisão da ativista de direitos humanos Rocío San Miguel. Divulgada na quinta-feira, 15, a declaração conjunta de Argentina, Equador, Paraguai, Uruguai e Costa Rica destaca “profunda inquietação” diante da situação e demanda a libertação imediata da presa política.

O comunicado conjunto foi compartilhado nas redes sociais pelos Ministérios das Relações Exteriores dos países signatários.

Argentina, Equador, Paraguai, Uruguai e Costa Rica, além de exigirem a libertação imediata da ativista, também condenaram “as recentes medidas contra o Comitê de Assessoria Técnica do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Venezuela” e pediram o pleno respeito aos direitos humanos, à validade do Estado de Direito e a convocação de eleições transparentes, livres, democráticas e competitivas, sem exclusões de qualquer natureza.

Apesar das observações feitas pelo assessor especial do presidente Lula, Celso Amorim, em entrevista, que ressaltou a preocupação com qualquer caso de “natureza política”, em referência à prisão de Rocío, o governo brasileiro, aliado de Maduro, optou oficialmente por não assinar a declaração dos países latino-americanos.

Na semana anterior, a ditadura de Maduro expulsou funcionários do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) do país, concedendo-lhes um prazo de três dias para deixar a Venezuela e anunciando uma revisão do termo de cooperação com a organização.

O endurecimento do regime venezuelano ocorre após o governo ter firmado um acordo com os Estados Unidos para realizar eleições limpas e transparentes. Em contrapartida, os EUA retiraram sanções e permitiram o retorno de parcerias no setor de petróleo.

Maduro justificou a expulsão alegando que o órgão da ONU desempenhou um papel “inapropriado” no país, apoiando a impunidade das pessoas envolvidas em tentativas de assassinato, golpes e outras conspirações.

Enquanto isso, o Comitê de Direitos Humanos afirmou que vai “avaliar os próximos passos” e lamentou o anúncio da Venezuela, reafirmando o compromisso com a promoção e proteção dos direitos humanos do povo venezuelano.

Rocío San Miguel, de 57 anos, é advogada e principal especialista venezuelana em temas militares. Diretora da ONG Controle Cidadão, ela é considerada a presa política mais importante do governo de Nicolás Maduro. Sua detenção, ocorrida no Aeroporto Internacional de Maiquetía na sexta-feira (9), pelo Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), é vista como um aviso do ditador a outras ONGs e lideranças da sociedade civil. A filha dela, de 24 anos, foi presa no dia seguinte ao retornar ao aeroporto para buscar as malas de ambas, sendo liberada no domingo (11).

Você pode se Interessar

Deixe um Comentário

Sobre nós

Somos uma empresa de mídia. Prometemos contar a você o que há de novo nas partes importantes da vida moderna

@2024 – Todos os Direitos Reservados.