Desde janeiro, servidores federais da área ambiental estão em paralisação parcial, ameaçando entrar em greve devido à falta de progresso nas negociações sobre reestruturação de carreiras com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As mobilizações resultaram na redução das fiscalizações, multas aplicadas e emissão de licenças ambientais. Essas dificuldades destacam os desafios enfrentados por Lula na área ambiental.
Desde outubro de 2023, servidores do Ibama e do ICMBio estão concentrados em trabalho interno, deixando de realizar atividades externas. A paralisação começou em janeiro, com a demanda por revisão salarial e mudanças nas gratificações. O governo ofereceu um reajuste de 9%, mas os servidores continuam insatisfeitos.
As dificuldades do governo petista em promover ações ambientais efetivas são evidentes, apesar do discurso de valorização da questão ambiental. Durante a visita do presidente francês Emmanuel Macron, os servidores organizaram manifestações para destacar suas reivindicações.
Além da ameaça de greve, o governo enfrenta críticas por questões como o aumento das queimadas na Amazônia e o aumento das mortes de indígenas Yanomami. A paralisação impacta diretamente na fiscalização ambiental e na emissão de licenças, afetando também o Programa de Aceleração do Crescimento e setores como a importação de veículos.
Os servidores exigem uma reestruturação de carreira, mas as propostas do governo não atendem às suas expectativas. Enquanto isso, outras carreiras já conseguiram acordos com o governo. O Ministério da Gestão reafirma sua proposta de reajuste, enquanto os servidores continuam mobilizados em suas reivindicações.