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domingo, 29 setembro, 2024
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Sem divulgar, Lula se vacinou contra dengue antes de início da campanha do SUS e na rede privada

Por Marina B.

O presidente Lula recebeu a vacina contra a dengue em 5 de fevereiro, antes do início da campanha do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o jornal O Globo. O Palácio do Planalto informou que a dose foi obtida na rede privada, sem revelar o modelo, custo ou nome do laboratório.

No Brasil, estão disponíveis duas vacinas contra a dengue na rede privada: a Qdenga, da Takeda, administrada em duas doses, e a Dengvaxia, da Sanofi, recomendada para pessoas de 6 a 45 anos que já tiveram a doença, com esquema de três doses.

A campanha do SUS começou quatro dias após a vacinação de Lula, mas enfrentou críticas devido à escassez de vacinas, limitando a imunização ao grupo de 10 a 14 anos.

Desde o início de seu terceiro mandato, Lula tem se vacinado publicamente contra gripe e Covid-19 para incentivar a imunização. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência não explicou por que a vacinação contra a dengue não foi divulgada.

Apesar de não divulgar o modelo da vacina, Lula deve ter recebido a Qdenga, que posteriormente foi incorporada pelo SUS. A Secom também não revelou o local da vacinação.

Lula recebeu a segunda dose da vacina contra a dengue em 6 de maio, igualmente sem divulgação, com as datas reveladas após solicitação baseada na Lei de Acesso à Informação. A Presidência confirmou as datas de imunização contra Covid-19 e dengue, indicando que todas as doses foram aplicadas conforme orientação médica e disponibilidade do Ministério da Saúde.

O governo ainda não divulgou o local da aplicação da vacina contra a dengue nem o modelo utilizado. A Secom informou apenas que a vacina foi adquirida na rede privada.

O Brasil enfrenta uma epidemia de dengue, com 6 milhões de casos prováveis e 4 mil mortes em 2024, além de outros 2,8 mil em investigação até junho. As vacinas adquiridas pelo Ministério da Saúde foram liberadas em 8 de fevereiro, com as primeiras aplicações ocorrendo em 9 de fevereiro pelo SUS.

As clínicas privadas tiveram escassez de estoque entre fevereiro e março, com a Takeda vendendo sua produção total ao SUS.

O intervalo de três meses entre as doses indica que Lula recebeu a Qdenga, enquanto a Dengvaxia, registrada no Brasil, não foi incorporada ao SUS e tem esquema de três doses a cada seis meses, destinada a pessoas de 6 a 45 anos que já tiveram dengue.

As bulas dos dois imunizantes não incluem pessoas de 78 anos, como Lula, sendo seu uso considerado “off-label”, por prescrição médica fora das indicações da Anvisa.

Na data da primeira dose, Lula se encontrou com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, para discutir a fabricação de vacinas contra dengue, embora a agenda oficial do presidente não mencione a vacinação.

No dia seguinte, a ministra Nísia Trindade fez um pronunciamento sobre a arbovirose, destacando que a vacinação seria gradual devido à quantidade limitada de doses.

Um plano do governo prevê a produção da vacina Qdenda pela Fiocruz, mas a fundação afirma enfrentar limitações estruturais que exigem cortes na entrega de outros imunizantes para atender à demanda.

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