Desde que Elon Musk trouxe à tona, na semana passada, questões relacionadas a e-mails que indicam tentativas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de pressionar a rede social Twitter (agora chamada X) para compartilhar dados em massa de usuários e suspender contas, o debate sobre a regulamentação da liberdade de expressão nas redes sociais ganhou destaque renovado. Isso também alimentou discussões sobre se as ações do empresário constituem “interferência estrangeira”.
O Senador Randolfe Rodrigues (sem partido – AP) se pronunciou sobre as ações do proprietário da rede social X através de sua própria conta na plataforma de Musk, chamando a atenção para a suposta interferência estrangeira. Ele expressou apoio à decisão do ministro Alexandre de Moraes de incluir Elon Musk no inquérito das milícias digitais e defendeu medidas urgentes para proteger a democracia brasileira. No entanto, a retórica de Rodrigues omite o apoio frequente que a esquerda brasileira, à qual ele pertence, recebe de ONGs e bilionários estrangeiros, o que também poderia ser considerado interferência estrangeira.
Existem exemplos claros de financiamento estrangeiro para causas pró-aborto e outras agendas de esquerda no Brasil. Organizações como o Instituto Anis recebem financiamento da Fundação Ford e da Fundação Open Society, ligada a George Soros, para influenciar a legislação sobre aborto no país. Além disso, a Fundação Open Society repassou milhões de dólares para diversas ONGs brasileiras que promovem agendas de esquerda, como descriminalização das drogas, direitos LGBT e movimento negro.
Outro caso notório é o financiamento da Omidyar Network Foundation, de Pierre Omidyar, para o Intercept Brasil, que desempenhou um papel importante no “Caso Vaza Jato”, ao expor mensagens privadas da Operação Lava Jato e questionar a imparcialidade de figuras-chave, como o então juiz Sergio Moro. Esses exemplos destacam a complexidade da interferência estrangeira nas questões políticas e sociais do Brasil.