A Secom do governo Lula respondeu aos membros da Câmara dos Deputados sobre o vazamento do nome das empresas vencedoras da megalicitação de R$ 197 milhões para a gestão da comunicação do governo federal. A Secom não conseguiu explicar como os nomes das quatro vencedoras vazaram antes da abertura dos envelopes. Negando qualquer interferência política, a Secretaria de Comunicação argumentou que a divulgação precoce foi apenas uma especulação.
O resultado da megalicitação foi revelado pelo site O Antagonista em 23 de abril, listando as quatro empresas líderes: Moringa, BR Mais Comunicação, Área Comunicação e Usina Digital, com Moringa obtendo 91,34 pontos, BR 91,17, Área 89 e Usina 88,16. Um total de 24 empresas participaram.
Logo após o anúncio, Moringa e Área Digital foram desqualificadas por supostas irregularidades documentais. Moringa especificamente foi excluída por não apresentar balanço patrimonial, erro no contrato social, e falta de comprovação técnica de serviços em redes sociais, embora tenha trabalhado com o Sebrae. A empresa contestou as alegações de irregularidade.
Questionada pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), a Secom caracterizou qualquer insinuação de favorecimento ilegal como uma “suposição”.
“Não há evidências concretas de influência política nas decisões, que são guiadas pelo rigoroso processo de seleção projetado para garantir igualdade de oportunidades entre todos os concorrentes”, afirmou a Secom.
“Alegações infundadas de favorecimento são contrárias aos princípios de transparência, imparcialidade, ética e igualdade que regem os processos de licitação pública”, acrescentou a Secretaria.
