O presidente da gigante brasileira Cosan (CSAN3) criticou a política fiscal do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que as reformas implementadas não reduzem a dívida pública e manterão a taxa de juros elevada.
O bilionário Rubens Ometto afirmou que o novo arcabouço fiscal, que deveria fortalecer as finanças públicas do Brasil, permite que o governo aumente os gastos conforme a receita cresce, ao invés de reduzir a dívida e criar condições para baixar os juros.
“O arcabouço fiscal é baseado na ideia de permitir que as despesas aumentem à medida que a receita aumenta”, disse Ometto neste sábado (8) durante um evento do think tank Esfera Brasil na cidade de Guarujá, no litoral de São Paulo.
“Quando eles aumentam a arrecadação, estão tirando dinheiro de quem trabalha com eficiência, de quem cria empregos, de quem produz, e repassando para o poder Executivo, que não tem essa capacidade.”
A reforma tributária foi aprovada apenas por meio de concessões e, desde então, o governo tem procurado mudar as regras para arrecadar mais receitas, acrescentou.
A incerteza jurídica enfrentada pelas instituições brasileiras, incluindo as empresas, também contribuiu para tornar o dinheiro mais caro, disse Ometto.
“Se o governo organizasse tudo isso e controlasse a questão fiscal, as taxas de juros cairiam pelas razões certas e o país voltaria a crescer e se desenvolver”, afirmou ele.
A Cosan é um dos maiores grupos empresariais do país, com investimentos em empresas como Raízen, Rumo, Moove, Compass, Radar e Vale.