Cotado para conquistar o eleitorado de oposição na corrida presidencial de 2026, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), tem direcionado duras críticas à gestão do governo Lula. Entre os pontos destacados estão as declarações presidenciais que ele classifica como “infelizes e irresponsáveis” sobre o conflito entre Israel e Hamas, além dos ataques do Irã ao território israelense. Ele também contesta a mudança na meta fiscal de superávit para 2025, classificando-a como um sinal de desinteresse do presidente em governar. Em entrevista à VEJA, Caiado também aborda sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem credita o resgate da direita conservadora no país, e sugere que as discordâncias entre ambos são parte natural da política.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a revisão da meta fiscal para 2025, passando de superávit para déficit zero. Caiado expressa preocupação com essa decisão, questionando a mudança nos parâmetros econômicos e a falta de eficiência do governo. Ele destaca a importância de uma reforma tributária e critica a ausência de regulamentação nesse sentido.
Quanto à política externa, Caiado critica a postura do presidente Lula em relação aos conflitos no Oriente Médio. Ele considera “uma infelicidade enorme” as declarações que minimizam os ataques terroristas e ressalta a importância de solidariedade a Israel. Caiado ressalta sua visita a Israel e agradece em nome do povo brasileiro pelo apoio ao país.
Sobre seus planos eleitorais, Caiado admite estar interessado em concorrer à Presidência em 2026 e revela ter comunicado ao seu partido, o União Brasil, sua intenção de ser pré-candidato. Ele ressalta a importância de construir alianças políticas e sugere a possibilidade de formar uma federação com outros partidos, como o PP e o Republicanos, visando às eleições de 2026.
Por fim, Caiado destaca a importância de Jair Bolsonaro na renovação do conservadorismo no país, reconhecendo o papel do ex-presidente em mobilizar a população em torno desses valores. Ele enfatiza que Bolsonaro despertou o sentimento de conservadorismo e liberdade em grande parte da população brasileira, contribuindo para fortalecer a democracia. Porém Bolsonaro já deixou claro que não apoiará Caiado para presidente em 2026.