A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, confirmada na manhã desta quarta-feira (6), foi considerada uma “péssima notícia” para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme análise do cientista político Ricardo Ribeiro, das consultorias MCM e LCA., publicada no Infomoney.
Segundo Ribeiro, a postura pública de Lula ao apoiar a candidatura da vice-presidente Kamala Harris, do Partido Democrata, acabou colocando o governo brasileiro em uma situação diplomática delicada.
Ao tornar explícita sua torcida por Harris e ao criticar abertamente Trump durante a campanha, o presidente brasileiro se arriscou a gerar um “embaraço diplomático”, principalmente caso o republicano saísse vitorioso, o que, como se viu, ocorreu. Em sua mensagem de cumprimento a Trump, Lula declarou que a democracia “deve ser respeitada” e desejou sorte ao republicano, mas a análise de Ribeiro sugere que essa postura, por mais diplomática que fosse, não apaga o risco de atritos.
Relações entre Brasil e EUA tendem a ser protocolares
Ricardo Ribeiro observa que, apesar da necessidade de o governo Lula manter as relações diplomáticas e comerciais com os Estados Unidos, a expectativa é de que essas relações sejam, no melhor dos cenários, protocolares, e, no pior, tensas. A animosidade, segundo o analista, dependerá mais da postura do governo Trump do que da atitude de Brasília, já que o governo Lula não tem interesse em aprofundar atritos com Washington.
O analista destaca que, embora o governo brasileiro se esforce para preservar a normalidade nas relações internacionais, o clima entre os dois países pode ser afetado pela postura ideológica de Trump e pelos vínculos próximos entre ele e figuras da direita brasileira, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu círculo político. “A maior proximidade da família Bolsonaro com Trump e seu entorno será uma fonte potencial de ‘embaraço e ruídos’ nas relações entre Brasília e Washington a partir de 2025”, destacou Ribeiro.
Reforço para a Direita e agenda conservadora
Em relação ao impacto doméstico da vitória de Trump, Ribeiro avalia que, embora a eleição americana não tenha efeitos diretos sobre o cenário político brasileiro para as eleições presidenciais de 2026, ela reforça a força da direita e da agenda conservadora no Brasil. Segundo o analista, o sucesso de Trump tem o potencial de animar o campo conservador, o que pode gerar apreensão na esquerda.
“Assim como ocorreu nas eleições municipais brasileiras, o sucesso de Trump reafirma a força política da direita no cenário global. Isso pode criar um clima de estímulo para a direita brasileira, ao mesmo tempo em que gera uma sensação de desconforto para a esquerda”, observou Ribeiro. A proximidade de Trump com figuras como Bolsonaro e o presidente argentino Javier Milei também pode aumentar as tensões no cenário político latino-americano e, por tabela, afetar a política brasileira.
Efeito Trump nas relações internacionais e na diplomacia brasileira
Outro ponto importante levantado por Ribeiro é o impacto que um novo mandato de Trump pode ter nas instituições multilaterais, que sempre foram prestigiadas pela diplomacia brasileira. A expectativa do analista é que o republicano adote uma postura mais unilateral, enfraquecendo o papel das organizações internacionais, um movimento que não favorece os interesses do Brasil, que tradicionalmente busca fortalecer esses fóruns.
Além disso, a agenda ambientalista de combate à crise climática, uma das bandeiras da diplomacia do governo Lula, também estaria em risco com um segundo mandato de Trump, que é conhecido por adotar políticas mais céticas em relação à mudança climática e aos compromissos ambientais globais. Esse cenário, segundo Ribeiro, pode resultar no isolamento do Brasil em questões internacionais importantes, especialmente nas áreas ambiental e de governança global.
Em resumo, para Ricardo Ribeiro, a vitória de Donald Trump representa um desafio diplomático para o Brasil, especialmente para o governo Lula, que se vê em uma situação complicada após o apoio explícito de Lula a Kamala Harris nas eleições. As relações entre os dois países, embora necessárias, tendem a ser frias e protocolares, com a possibilidade de atritos caso o governo Trump adote uma postura mais agressiva em relação ao Brasil, como já ocorreu em gestões anteriores.
Além disso, o retorno de Trump à Casa Branca pode fortalecer ainda mais a direita global, incluindo figuras como Jair Bolsonaro e Javier Milei, e criar um ambiente político em que a agenda conservadora ganhe força, gerando um impacto indireto nas eleições brasileiras de 2026. Com isso, a diplomacia do governo Lula pode se ver em um cenário mais desafiador, com o Brasil mais isolado nas questões internacionais, especialmente em relação à agenda ambiental e às instituições multilaterais.A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, confirmada na manhã desta quarta-feira (6), foi considerada uma “péssima notícia” para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme análise do cientista político Ricardo Ribeiro, das consultorias MCM e LCA., publicada no Infomoney.
Segundo Ribeiro, a postura pública de Lula ao apoiar a candidatura da vice-presidente Kamala Harris, do Partido Democrata, acabou colocando o governo brasileiro em uma situação diplomática delicada.
Ao tornar explícita sua torcida por Harris e ao criticar abertamente Trump durante a campanha, o presidente brasileiro se arriscou a gerar um “embaraço diplomático”, principalmente caso o republicano saísse vitorioso, o que, como se viu, ocorreu. Em sua mensagem de cumprimento a Trump, Lula declarou que a democracia “deve ser respeitada” e desejou sorte ao republicano, mas a análise de Ribeiro sugere que essa postura, por mais diplomática que fosse, não apaga o risco de atritos.
Relações entre Brasil e EUA tendem a ser protocolares
Ricardo Ribeiro observa que, apesar da necessidade de o governo Lula manter as relações diplomáticas e comerciais com os Estados Unidos, a expectativa é de que essas relações sejam, no melhor dos cenários, protocolares, e, no pior, tensas. A animosidade, segundo o analista, dependerá mais da postura do governo Trump do que da atitude de Brasília, já que o governo Lula não tem interesse em aprofundar atritos com Washington.
O analista destaca que, embora o governo brasileiro se esforce para preservar a normalidade nas relações internacionais, o clima entre os dois países pode ser afetado pela postura ideológica de Trump e pelos vínculos próximos entre ele e figuras da direita brasileira, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu círculo político. “A maior proximidade da família Bolsonaro com Trump e seu entorno será uma fonte potencial de ‘embaraço e ruídos’ nas relações entre Brasília e Washington a partir de 2025”, destacou Ribeiro.
Reforço para a Direita e agenda conservadora
Em relação ao impacto doméstico da vitória de Trump, Ribeiro avalia que, embora a eleição americana não tenha efeitos diretos sobre o cenário político brasileiro para as eleições presidenciais de 2026, ela reforça a força da direita e da agenda conservadora no Brasil. Segundo o analista, o sucesso de Trump tem o potencial de animar o campo conservador, o que pode gerar apreensão na esquerda.
“Assim como ocorreu nas eleições municipais brasileiras, o sucesso de Trump reafirma a força política da direita no cenário global. Isso pode criar um clima de estímulo para a direita brasileira, ao mesmo tempo em que gera uma sensação de desconforto para a esquerda”, observou Ribeiro. A proximidade de Trump com figuras como Bolsonaro e o presidente argentino Javier Milei também pode aumentar as tensões no cenário político latino-americano e, por tabela, afetar a política brasileira.
Efeito Trump nas relações internacionais e na diplomacia brasileira
Outro ponto importante levantado por Ribeiro é o impacto que um novo mandato de Trump pode ter nas instituições multilaterais, que sempre foram prestigiadas pela diplomacia brasileira. A expectativa do analista é que o republicano adote uma postura mais unilateral, enfraquecendo o papel das organizações internacionais, um movimento que não favorece os interesses do Brasil, que tradicionalmente busca fortalecer esses fóruns.
Além disso, a agenda ambientalista de combate à crise climática, uma das bandeiras da diplomacia do governo Lula, também estaria em risco com um segundo mandato de Trump, que é conhecido por adotar políticas mais céticas em relação à mudança climática e aos compromissos ambientais globais. Esse cenário, segundo Ribeiro, pode resultar no isolamento do Brasil em questões internacionais importantes, especialmente nas áreas ambiental e de governança global.
Em resumo, para Ricardo Ribeiro, a vitória de Donald Trump representa um desafio diplomático para o Brasil, especialmente para o governo Lula, que se vê em uma situação complicada após o apoio explícito de Lula a Kamala Harris nas eleições. As relações entre os dois países, embora necessárias, tendem a ser frias e protocolares, com a possibilidade de atritos caso o governo Trump adote uma postura mais agressiva em relação ao Brasil, como já ocorreu em gestões anteriores.
Além disso, o retorno de Trump à Casa Branca pode fortalecer ainda mais a direita global, incluindo figuras como Jair Bolsonaro e Javier Milei, e criar um ambiente político em que a agenda conservadora ganhe força, gerando um impacto indireto nas eleições brasileiras de 2026. Com isso, a diplomacia do governo Lula pode se ver em um cenário mais desafiador, com o Brasil mais isolado nas questões internacionais, especialmente em relação à agenda ambiental e às instituições multilaterais.