No final de março, o senador Marcelo Castro, encarregado de relatar o novo Código Eleitoral, apresentou seu texto no Senado, propondo diversas alterações, incluindo a implementação de uma quarentena de quatro anos para candidaturas de militares e juízes.
De acordo com o relatório de Castro, membros do Ministério Público, militares e policiais que desejem concorrer em eleições deverão se afastar de seus cargos pelo menos quatro anos antes do pleito. Se aprovada, essa regra de afastamento obrigatório entrará em vigor em 2026.
Essa proposta, incluída no relatório do senador, já está causando mobilização entre entidades sindicais do meio militar. Recentemente, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná enviou um documento aos gabinetes dos senadores protestando contra a quarentena de quatro anos.
Na visão da entidade, o texto de Castro “torna inviáveis as candidaturas de membros das categorias profissionais mencionadas, excluindo-os do processo democrático”.
“Não parece razoável, nem compatível com a democracia, que certas categorias nunca possam eleger representantes que façam parte de seus quadros ativos”, afirma o comunicado do sindicato, que solicita o voto contrário dos senadores ao texto de Castro.