Aliados do presidente buscam um culpado para a queda de popularidade
A pesquisa Quaest que apontou rejeição recorde ao governo Lula (49%) acendeu o alerta no Palácio do Planalto. Com as eleições de 2024 e 2026 no horizonte, o resultado gerou pânico entre assessores presidenciais, que tentam minimizar os danos para o Partido dos Trabalhadores (PT).
Nos bastidores, o grupo próximo ao ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, ligado ao chefe da Casa Civil, Rui Costa, já trabalha para transferir o peso da impopularidade de Lula para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo essa ala do governo, as principais razões para a insatisfação popular estariam na política econômica.
Fatores que impulsionaram a rejeição
- Crise do Pix – O desgaste mais recente foi a polêmica sobre a fiscalização de transações via Pix pela Receita Federal, interpretada como espionagem financeira e amplamente criticada nas redes sociais.
- Inflação e aumento de impostos – O avanço da inflação e as propostas de aumento da carga tributária são constantemente associadas à gestão de Haddad, gerando insatisfação entre setores da sociedade.
- Alta nos combustíveis – O recente aumento no preço da gasolina pode piorar ainda mais a situação do governo, impactando diretamente a percepção popular.
Nova estratégia do governo
- Silêncio sobre a pesquisa – A ordem interna é não comentar os números da Quaest e evitar que o tema ganhe repercussão na mídia.
- Troca de narrativa – O ex-ministro da Secom, Paulo Pimenta, exonerado recentemente, já vem sendo apontado como um dos culpados pela crise na comunicação do governo.
- Isolamento de Haddad – Com o ministro da Fazenda sendo colocado na linha de fogo, a estratégia pode indicar uma tentativa de Lula e Rui Costa de afastá-lo da disputa presidencial de 2026.
Com a popularidade em queda e eleições se aproximando, o governo agora busca um novo discurso para reverter o desgaste e evitar que a insatisfação com Lula leve o PT a uma derrota eleitoral.