Pré-candidato do bolsonarismo à prefeitura do Rio de Janeiro, o deputado federal Alexandre Ramagem, está considerando ter como vice uma mulher filiada ao seu próprio partido, o PL.
Recentemente, dirigentes estaduais do PL passaram a defender que a melhor estratégia para Ramagem seria formar uma “chapa pura” com uma vice mulher. Nos bastidores, líderes da legenda mencionam o nome da deputada estadual Índia Armelau, em seu primeiro mandato, como uma das opções para compor a chapa ao lado de Ramagem.
O cálculo dentro do PL é que uma chapa composta apenas por membros do partido, incluindo uma vice mulher, ajudaria a cumprir a exigência de destinar pelo menos 30% do fundo eleitoral para candidaturas femininas. Como detém a maior bancada na Câmara dos Deputados, o PL terá acesso à maior parcela do fundo eleitoral, estimado em R$ 886,8 milhões este ano, segundo dados do TSE.
Na quinta-feira (11/7), o PL consultou o TSE para esclarecer se um partido pode contar como parte dos 30% destinados a candidaturas femininas repasses para uma candidata a vice-prefeita de outra legenda, desde que o cabeça de chapa seja do partido detentor do fundo.
Se o TSE responder negativamente à consulta, líderes do PL acreditam que a proposta de uma “chapa pura” para Ramagem, com uma vice mulher do próprio partido, ganhará ainda mais apoio e viabilidade.