A manifestação convocada por Jair Bolsonaro no domingo (25) na Avenida Paulista, em São Paulo, enviou uma mensagem forte ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao governo Lula e ao Congresso, destacando a resiliência da direita brasileira mesmo diante das medidas que limitaram suas liberdades nos últimos anos.
A presença massiva de pessoas vestidas de verde e amarelo na manifestação, convocada por Bolsonaro em resposta à investigação Tempus Veritatis da Polícia Federal, demonstrou a persistência política da direita. Com a contagem oficial ainda não divulgada, mais de 2 milhões de pessoas lotaram a avenida, enviando um claro recado ao cenário político.
Em seus discursos, os líderes enfatizaram a necessidade de persistência e resistência. O deputado federal Nikolas Ferreira destacou a importância de não desistir na luta política, comparando-a à determinação do “inimigo” que levou anos para alcançar o poder.
Bolsonaro, emocionado em vários momentos, rejeitou as acusações de tentativa de golpe, enfatizando que “golpe é tanque na rua” e que as alegações contra ele são infundadas. Ele também pediu pela pacificação do país e pela anistia dos presos do 8 de janeiro.
O pastor Silas Malafaia fez um discurso contundente, culpando o ministro Alexandre de Moraes pela morte de Cleriston Pereira da Cunha e questionando a democracia brasileira. Malafaia destacou o poder do povo e convidou os presentes a cantarem um trecho do hino da Independência do Brasil.
Além de seu impacto político, o evento fortaleceu a campanha por anistia ou impeachment. Eduardo Matos de Alencar destacou sua importância como uma demonstração de força antes das eleições municipais, enquanto Rodrigo Marinho sugeriu que a manifestação poderia fortalecer pedidos de impeachment contra Alexandre de Moraes e Lula.
No entanto, há dúvidas sobre seu impacto imediato no cenário político-institucional, já que Bolsonaro não demonstrou disposição para confrontar diretamente seus adversários e não houve foco em questões fundamentais, como a reforma do Judiciário. A manifestação pode não ter efeitos significativos na atuação do STF, que continua a perseguir Bolsonaro e seus aliados.
