A Câmara dos Deputados vota pela manutenção da prisão de Chiquinho Brazão, acusado no caso Marielle Franco. Com 277 votos a favor, 129 contra e 28 abstenções, o plenário decide continuar com a detenção do parlamentar. Anteriormente, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) também havia optado pela prisão, com uma votação de 38 a 25.
A votação ocorre após o ministro do STF Alexandre Moraes autorizar a prisão preventiva de Brazão e de outros dois suspeitos, referendada pela Primeira Turma da Corte. A decisão baseia-se no crime de obstrução de Justiça em organização criminosa, alegando que eles continuariam a obstruir investigações caso permanecessem em liberdade.
O relator do caso na Câmara, Darci de Matos, destaca a importância de debater as prerrogativas dos parlamentares, rejeitando o uso da imunidade parlamentar para crimes. Enquanto isso, a defesa de Brazão contesta a legalidade da prisão, alegando a falta de flagrante e acessibilidade às delações.
Brazão foi preso durante a Operação Murder Inc., com base nas declarações do ex-policial Ronnie Lessa, também envolvido no caso. Os irmãos Brazão, figuras políticas influentes no Rio de Janeiro, têm histórico em Jacarepaguá, região associada à presença de milícias.