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sexta-feira, 20 setembro, 2024
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Presidente Lula no auge da sua soberba e de maneira ditatorial, se recusa a pedir desculpas por comparação com Holocausto

Por Marina B.

Em seu editorial publicado nesta terça-feira (27), o jornal O Estado de S. Paulo defendeu a necessidade de um pedido de desculpas por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, devido à declaração considerada repugnante proferida há mais de uma semana durante uma coletiva de imprensa na Etiópia. No dia 18 de fevereiro, Lula comparou as ações de Israel contra o Hamas ao Holocausto judeu.

Essa declaração causou uma crise diplomática, com o governo brasileiro se recusando a pedir desculpas. O governo israelense declarou Lula persona non grata no país, afirmando que somente um pedido de desculpas poderá mudar essa condição. No Brasil, a oposição apresentou um pedido de impeachment com base na Lei dos Crimes de Responsabilidade.

O jornal ressaltou que o tempo transcorrido desde então — pouco mais de uma semana — é muito curto para que o acontecimento seja esquecido pela história, e suficiente para que outro incidente tome seu lugar. “Dada a sua gravidade, a repugnante declaração não foi esquecida, e a história deverá julgar o presidente por ter ultrapassado os limites do antissemitismo e da ignorância dos fatos.”

O governo de Lula reiterou que não tem a intenção de se desculpar, conforme lembrou o Estadão. Isso reflete, segundo o jornal, a visão de mundo de Lula, que se vê moralmente superior aos outros, e entende que pedir desculpas seria ceder a “extremistas” e “imperialistas”. No entanto, Lula parece esquecer que sua declaração é ofensiva não apenas aos judeus, mas a todas as pessoas de consciência justa e humanista.

“Acostumado a enxergar o mundo segundo os estreitos limites de seu umbigo, e com a convicção de que é moralmente superior por se considerar a encarnação do ‘povo’, Lula pode achar que as reações críticas a ele se restringem a extremistas, direitistas, conspiradores, imperialistas do Norte e elites do Sul. Não! A lista de atingidos é muito mais extensa: o presidente ofendeu não só os judeus e não só a memória dos assassinados nas câmaras de gás, mas todos os cidadãos de consciência justa e humanista”, destaca o Estadão.

Apesar de reconhecer que a diplomacia israelense também teve suas falhas, cabe a Lula — que iniciou a crise diplomática — fazer o pedido de desculpas. “A contrição é a única forma de atenuar os efeitos de sua declaração absurda, demonstrar um verdadeiro interesse pela paz e se desculpar por uma comparação que, na prática, diminui o sofrimento de milhões de judeus, seus descendentes e todos aqueles solidários ao redor do mundo. Ao fazê-lo, Lula daria mais peso às suas legítimas críticas à violência israelense em Gaza.”

Apesar de ser a atitude correta, o jornal acredita que o presidente Lula manterá sua postura arrogante. “Lula pode até se recusar a se retratar perante o governo israelense, diante da grosseria com que foi tratado, mas ainda assim precisa pedir desculpas ao povo judeu. Isso demonstraria grandeza e ajudaria a reduzir a crise. No entanto, a soberba parece falar mais alto”, conclui o jornal.

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