Enquanto os cariocas estavam ocupados com os preparativos para o animado carnaval, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), surpreendeu ao publicar uma série de decretos que modificaram o orçamento, retirando uma quantia substancial de R$ 507 milhões da área da Saúde.
No entanto, essas mudanças não passaram despercebidas pela sempre vigilante vereadora Teresa Berguer (Cidadania) e sua equipe.
E não foi apenas a Saúde que sofreu cortes. Os setores da Educação, Conservação, CET-Rio, Rioluz, Meio Ambiente, Parques e Jardins também foram afetados, totalizando um corte de R$ 952 milhões.
Por outro lado, alguns secretários e presidentes de órgãos municipais devem estar satisfeitos com o aumento em seus orçamentos: a Comlurb recebeu um acréscimo de R$ 200 milhões; a Ação Comunitária foi agraciada com R$ 199 milhões e a Integração Metropolitana recebeu mais R$ 65 milhões. A Casa Civil obteve um aumento de R$ 32 milhões, dos quais R$ 14 milhões foram destinados exclusivamente para publicidade, além do previsto inicialmente.
“É um orçamento fictício, completamente diferente daquele aprovado no final do ano passado pela Câmara. E isso se deve aos 30% de remanejamento que a maioria dos vereadores concede ao prefeito”, lamenta Teresa.
Falando em Câmara, o prefeito cancelou todas as emendas de valor dos vereadores.
Todas as emendas foram totalmente anuladas.