O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Luciano Zucco (PL-RS), classificou a baixa adesão ao ato pela democracia promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (8), em Brasília, como um claro “esvaziamento político”. O evento marcou dois anos dos atos de 8 de janeiro de 2023, mas foi esvaziado pela ausência de figuras importantes e pela pouca participação popular.
“Existe uma narrativa que está sendo construída pelo sistema e usada politicamente”, afirmou Zucco em entrevista ao Oeste Sem Filtro, da Revista Oeste. “Somos contra a depredação e o dano ao patrimônio, mas falar em golpe? Golpe foi tornar o Lula elegível, é colocar gente não técnica nos ministérios.”
A ausência de líderes como Arthur Lira (Câmara), Rodrigo Pacheco (Senado) e Luís Roberto Barroso (STF), além de governadores, reforçou a visão de Zucco sobre o enfraquecimento do governo. Para ele, o esvaziamento é reflexo da força da direita nas eleições municipais de 2024 e aponta para uma tendência semelhante em 2026. “O PT não estará no Palácio do Planalto em 2026”, afirmou.
Zucco também comentou sobre o PL da Anistia, que busca conceder perdão aos responsáveis pelos atos de 8 de janeiro. O parlamentar revelou apoio ao candidato Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara, afirmando que ele deverá dar prioridade à pauta. “A anistia é nossa principal missão. Sem isso, o Congresso não tem motivo de existir”, finalizou.