A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e as avaliações sobre seu governo sofreram uma queda notável desde janeiro, segundo dados divulgados pelo instituto MDA a pedido da Confederação Nacional de Transporte (CNT) e publicada no Estadão.
A pesquisa, realizada entre os dias 6 e 9 de novembro, revelou que a aprovação do governo e do presidente oscilaram negativamente, com piora que ultrapassa a margem de erro em algumas métricas.
Dados da pesquisa
Em novembro, 35,5% dos entrevistados avaliaram o governo de forma positiva, enquanto 30,8% manifestaram uma avaliação negativa, e 32,1% o consideraram regular. Estes números indicam uma deterioração em relação ao início do ano, quando as avaliações positivas chegaram a 43%, e as negativas, a 28%.
Comparação ao longo do ano
A pesquisa expõe uma trajetória de declínio nas avaliações positivas e de aumento das avaliações negativas. Os números mostram:
Avaliação Positiva: 43% em janeiro, 37% em maio, e 35% em novembro.
Avaliação Regular: 28% em janeiro, 31% em maio, e 32% em novembro.
Avaliação Negativa: 28% em janeiro, 30% em maio, e 31% em novembro.
Essas mudanças, que estão fora da margem de erro de 2,2 pontos percentuais, apontam para uma percepção crescente de insatisfação em relação ao governo.
Aprovação de Lula
Além da percepção do governo, a aprovação pessoal de Lula também apresenta um declínio. Em janeiro, 55% dos entrevistados aprovavam o desempenho do presidente. Esse número caiu para 50% em novembro, enquanto a desaprovação aumentou de 40% em janeiro para 46% no mesmo período.
Aprovação: 55% em janeiro, 51% em maio, e 50% em novembro.
Desaprovação: 40% em janeiro, 44% em maio, e 46% em novembro.
Metodologia
O levantamento foi realizado com 2.002 entrevistados em 137 municípios, e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O nível de confiança é de 95%, o que reforça a precisão dos dados apresentados.
Os dados refletem um cenário de desafios para o governo de Lula, que enfrenta uma queda de popularidade consistente ao longo de 2023. Essa trajetória indica insatisfações em áreas específicas de atuação do governo, bem como as expectativas da população em relação às políticas adotadas e resultados obtidos. A continuidade desse declínio representa um desafio considerável para a administração e para a consolidação do apoio necessário à execução de políticas futuras.
