A Polícia Militar prendeu, na madrugada de segunda-feira, 18, Patrick Rocha Maciel, de 21 anos, dentro de uma loja de utensílios domésticos em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. O criminoso, que já possui 87 registros policiais, foi encontrado escondido no forro do estabelecimento após o disparo do alarme de segurança.
Com ele, os agentes do 19º BPM apreenderam uma bolsa contendo R$ 768 em espécie. Outro suspeito também foi detido nas imediações e levado à 12ª Delegacia de Polícia. A Polícia Civil confirmou que Patrick foi novamente autuado por furto qualificado.
Decisão da Justiça e reincidência
Na audiência de custódia, o juiz Rafael de Almeida Rezende converteu o flagrante em prisão preventiva, ressaltando a gravidade da situação:
“Em que pese o custodiado tenha deixado o sistema prisional há menos de um mês e ainda esteja em cumprimento de pena, volta a delinquir.”
O detalhe que chamou atenção é que Patrick havia conquistado a liberdade em julho por decisão do juiz Rubens Casara, da 43ª Vara Criminal, que entendeu à época que “não se pode presumir que os acusados retornarão a delinquir”. A medida contrariou o parecer do Ministério Público.
Casara é casado com a escritora Marcia Tiburi, ex-candidata do PT ao governo do Rio, que já declarou publicamente enxergar “lógica no assalto” e chegou a dizer ser “a favor do crime” em entrevistas.
Histórico criminal desde a infância
A trajetória de Patrick no mundo do crime começou cedo. Aos 10 anos, foi conduzido à delegacia suspeito de furtar bicicletas e correntes de ouro em Copacabana, quando ainda vendia balas para sobreviver.
Entre os 10 e 17 anos, acumulou pelo menos 12 passagens por unidades socioeducativas, incluindo envolvimento em furtos, porte de drogas, lesão corporal e até participação em motins.
Aos 18 anos, foi preso por furtar uma farmácia e, durante a audiência, alegou vulnerabilidade social. Mesmo liberado com medidas cautelares e encaminhamento a serviços de assistência, voltou a praticar delitos em seguida.
Prisões sucessivas desde 2022
O criminoso passou por sete prisões apenas nos últimos três anos. Uma das mais graves ocorreu em Ipanema, quando invadiu uma casa armado com um espeto de churrasco para ameaçar uma vítima.
Desde então, Patrick alterna períodos breves de encarceramento com novas solturas judiciais, sempre reincidindo em pouco tempo. A prisão atual ocorre menos de 30 dias após sua última liberdade.
Para a Justiça, manter o acusado preso é fundamental para “garantir a ordem pública e o andamento do processo”, diante do histórico de reincidência e das dezenas de ocorrências acumuladas.