O Planalto tentou, mas não conseguiu evitar mais uma situação constrangedora para Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Envolvido na manobra de Lula para esvaziar a presidência e, possivelmente, antecipar a saída de Roberto Campos Neto do Banco Central, Padilha seguiu as ordens do presidente e divulgou que a sabatina de Gabriel Galípolo, indicado para o lugar de Campos Neto, seria no dia 10. A decisão atropelou a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), além de nomear Jaques Wagner (PT-BA) como relator, sem consulta prévia.
Senadores ignorados
O presidente da CAE, Vanderlan Cardoso, que tem a responsabilidade de escolher o relator, está considerando também os senadores baianos Angelo Coronel (PSD) e Otto Alencar (PSD) para a função.
Motivo da pressa
O dia 10 foi descartado, pois as normas do Banco Central exigem que Galípolo cumpra um “período de silêncio” que vai de sete dias antes a sete dias depois da reunião do Copom, marcada para o dia 17.
Tentativa frustrada
Havia até uma ideia de realizar a sabatina em sessão secreta para contornar o “período de silêncio”, mas sem previsão legal, o plano não avançou.