O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contou com momentos constrangedores protagonizados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Ao tentar pressionar o ex-presidente, Gonet acabou demonstrando falta de preparo em alguns questionamentos considerados básicos.
Um dos episódios mais comentados envolveu uma mensagem enviada por Maurício Pazini Brandão, identificado por Gonet como um major-brigadeiro com “tropas mobilizadas”. No entanto, Pazini é militar da reserva e atua apenas como professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), sem qualquer comando sobre tropas.
‘Minuta do golpe’ já era pública
Outro ponto levantado por Gonet foi a chamada “minuta do golpe”, supostamente encontrada pela Polícia Federal na sede do PL. Ele tentou usá-la como indício comprometedor, mas foi lembrado que o documento era apenas uma cópia retirada do inquérito do STF pelo advogado de Bolsonaro — informação que já era de conhecimento público.
Gafe repetida
A atuação do procurador-geral lembrou outro episódio recente, quando ele cometeu um erro durante o depoimento do ex-ministro Aldo Rebelo, admitindo em seguida: “fiz cagada” — frase que muitos esperavam ouvir novamente.
Resposta no contra-ataque
Gonet também tentou confrontar Bolsonaro sobre a suposta omissão diante dos acampamentos de manifestantes em frente a quartéis. A resposta veio de bate-pronto:
“Lula também não fez nada.”
A atuação da PGR durante o depoimento foi vista nos bastidores como desastrosa, levantando críticas quanto à condução da investigação e à preparação do chefe do Ministério Público diante de temas amplamente conhecidos.
