A Polícia Federal (PF) deu início à segunda fase da Operação Overclean, que investiga um esquema de pagamento de propinas envolvendo empresários e servidores públicos. O objetivo da operação é intensificar a repressão a práticas ilegais. A ação foi realizada na manhã de segunda-feira, 23.
Nesta etapa, a PF cumpriu dez mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Além disso, uma decisão judicial determinou a suspensão cautelar de um servidor público. Até o momento, quatro pessoas foram presas.
Entre os detidos estão Carlos André, apontado como operador do esquema; Vidigal Cafezeiro, vice-prefeito de Lauro de Freitas (BA); um secretário de mobilidade e ex-chefe de gabinete de Vitória da Conquista; e um agente da própria PF.
A operação é conduzida por uma força-tarefa composta pela PF, Ministério Público Federal (MPF), Receita Federal e Controladoria-Geral da União (CGU). Desde o início de dezembro, mais de 20 pessoas foram presas em diversas regiões do país. As investigações focam em fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
Operação revela movimentação de R$ 1,4 bilhão por organização criminosa
Os investigadores descobriram que a organização criminosa movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão, oriundos de contratos fraudulentos e obras superfaturadas. A estrutura do grupo incluía uma célula de apoio composta por policiais, que forneciam informações sigilosas à organização, incluindo a identidade de agentes federais envolvidos em operações secretas.
Na primeira fase da operação, a PF prendeu José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”. Na semana passada, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) autorizou sua libertação. As investigações continuam com o objetivo de desarticular a rede criminosa e recuperar os recursos desviados.