A Polícia Federal (PF) iniciou nesta quinta-feira, 4, a segunda fase da Operação Venire, cumprindo mandados de busca e apreensão. O foco da investigação são supostas fraudes nos cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre os alvos estão Washington Reis (MDB), ex-prefeito de Duque de Caxias (RJ) e atual secretário de Transportes do Estado do Rio de Janeiro, além de Célia Serrano da Silva, secretária de Saúde do município.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou os mandados, que foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), conforme informações da GloboNews.
Segundo o inquérito da PF, a adulteração nos registros de vacinação de Bolsonaro originou-se em Duque de Caxias. Em dezembro de 2022, João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo da cidade, inseriu dados falsos no sistema do SUS, indicando que Bolsonaro recebeu doses da vacina Pfizer em agosto e outubro daquele ano, o que foi considerado inviável pela investigação.
Após seis dias, Claudia Helena Acosta, chefe da Central de Vacinas de Duque de Caxias, removeu os registros fraudulentos, alegando um “erro”. Contudo, comprovantes falsos de vacinação já haviam sido emitidos e entregues às autoridades de imigração dos Estados Unidos.
Sousa Brecha foi preso na primeira fase da Operação Venire, e a segunda fase foi deflagrada hoje.
Washington Reis, além de secretário estadual de Transportes, é ex-prefeito de Duque de Caxias, tendo ocupado também os cargos de vereador, vice-prefeito, deputado estadual por três mandatos consecutivos e deputado federal de 2011 a 2017.