A Polícia Federal indiciou os senadores Renan Calheiros, Eduardo Braga e o ex-senador Romero Jucá, todos do MDB, por suposto envolvimento em um esquema de propinas milionárias relacionadas ao Grupo Hypermarcas. O inquérito, que tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF) há seis anos, aponta crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, conforme delação do executivo Nelson Mello, ex-diretor de Relações Institucionais da farmacêutica.
Segundo Mello, as propinas teriam sido intermediadas pelo lobista Milton Lyra, identificado como operador do MDB, que alegava agir em nome dos parlamentares para defender interesses da empresa no Congresso Nacional. O inquérito foi enviado ao gabinete do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, e encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresenta denúncia formal contra os senadores.
A defesa de Romero Jucá negou as acusações, alegando que o ex-senador colaborou com as investigações e que as doações de campanha mencionadas pelo delator foram feitas dentro das regras eleitorais. Segundo a defesa, não há provas de que Jucá tenha cometido qualquer ato ilícito relacionado às acusações.
Até o momento, Eduardo Braga e Renan Calheiros não se manifestaram publicamente sobre o indiciamento.
