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terça-feira, 22 abril, 2025
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Petrobras sob o controle de Lula: Riscos e incertezas no horizonte da companhia

Por Marina B.

Os espectros dos dois primeiros governos de Luiz Inácio da Silva e do período de Dilma Rousseff estão assombrando o terceiro mandato do petista, causando preocupação entre especialistas, afastando investidores e gerando incertezas. Tudo isso ocorre mesmo em um momento em que o governo federal poderia capitalizar sua atuação rápida e efetiva no enfrentamento da tragédia no Rio Grande do Sul.

Apesar de esperada, a demissão de Jean Paulo Prates da presidência da Petrobras é uma daquelas decisões que desagradam ao mercado, ambientalistas e a diversos setores, gerando múltiplas repercussões, nenhuma delas positiva. A falta de timing é evidente, ocorrendo em meio à dor e ao foco na região Sul, que poupou Lula de discussões políticas desnecessárias sobre política externa.

Embora possa não ser explícito, tudo indica que a intenção de Lula ao trocar o comando da Petrobras é assumir o controle da maior e mais simbólica companhia brasileira. Entretanto, essa decisão levanta várias questões, inclusive sobre a manipulação política de preços e dividendos, a composição do conselho administrativo e os investimentos prioritários. Há o risco de os partidos aliados e o próprio PT considerarem as porteiras abertas para interferências.

Em seu breve mandato, Michel Temer chamou Pedro Parente para restaurar a Petrobras, resultando em um sucesso. No entanto, com a chegada de Bolsonaro, ocorreu uma série de demissões na presidência da empresa. Agora, com a ascensão de Lula, o ciclo parece se repetir.

A demissão de Prates gerou uma montanha-russa na Bolsa, com a Petrobras perdendo bilhões em valor de mercado, recuperando parte desse valor e, agora, enfrentando outra queda. Tudo isso enquanto os fantasmas de escândalos passados continuam a assombrar a empresa, como a Refinaria Abreu e Lima e a Sete Brasil.

A nomeação de Magda Chambriard, ex-diretora da ANP, como substituta de Prates, sugere duas alternativas: ou enfrentar politicamente as pressões com firmeza, ou seguir as ordens de Lula. Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, optou por não se envolver, deixando os ministros Alexandre Silveira e Rui Costa como os grandes vitoriosos na queda de Prates. Mas a decisão final foi tomada por Luiz Inácio Lula da Silva. O que ele planeja fazer com a Petrobras ainda permanece incerto.

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