Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Ibespe nos dias 4 e 5 de dezembro revelou uma reprovação significativa ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo os dados, 40,7% dos brasileiros avaliam a gestão como “péssima”, enquanto a taxa geral de reprovação atinge 46,7%.
Avaliação detalhada
A pesquisa nacional entrevistou 1.003 pessoas, seguindo critérios do TSE e IBGE, com uma margem de erro de 3,1 pontos percentuais. Os resultados completos de avaliação foram:
- Ótimo: 19%
- Bom: 12%
- Regular: 18,4%
- Ruim: 6%
- Péssimo: 40,7%
- Não sabem/não responderam: 4%
A aprovação total (somando “ótimo” e “bom”) alcançou apenas 30,9%, uma queda de 6,8 pontos percentuais desde setembro de 2023, enquanto a reprovação aumentou 1,5 ponto percentual no mesmo período.
Análise regional e demográfica
- Regiões: A Região Sul lidera a desaprovação, sugerindo índices inferiores a 25% de aprovação. Outras regiões situam-se entre 25% e 50%.
- Perfil dos insatisfeitos:
- Gênero: Homens (53,3%) reprovam mais o governo.
- Faixa etária: A maior reprovação está entre pessoas de 25 a 34 anos (56,3%).
- Escolaridade: Eleitores com nível médio (52,9%) lideram a reprovação.
- Religião: Evangélicos são os mais críticos, com 55,9% de reprovação.
- Eleitores de Bolsonaro (2022): 85,3% reprovam o governo.
- Eleitores de Lula (2022): Apenas 8,5% reprovam a gestão.
Impacto da mídia na avaliação
Os dados revelam uma relação entre o consumo de informação e a reprovação do governo:
- Internet:
- Portais de notícias: 55% de reprovação.
- Redes sociais: 54,4%.
- Rádio: 51,6%.
- Televisão: Reprovação reduzida a 39,4%.
- Amigos e parentes: 41,7%.
- Jornais impressos: 47,7%.
Principais problemas apontados pelos brasileiros
A pesquisa também destacou as principais preocupações dos entrevistados:
- Custo de vida (15,1%) – Lidera o ranking, refletindo a pressão inflacionária, especialmente nos alimentos.
- Corrupção (12,5%).
- Saúde (12,2%).
- Segurança (8,9%).
- Poder Executivo (7%).
Contexto político e social
A pesquisa demonstra que a insatisfação com o governo Lula é crescente, refletindo desafios como inflação, insegurança econômica e questões políticas. A gestão enfrenta dificuldade em reverter essa tendência negativa, especialmente entre grupos demográficos específicos e consumidores de informação digital.